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Sociologia: Introdução

Introdução à Sociologia

• Sociologia: investiga as relações que operam acima do indivíduo, além de também tentar compreender o funcionamento e a forma como as instituições reguladoras atuam sobre a vida particular dos indivíduos.

Revolução científica: questiona ideias estabelecidas por pensadores da época e fez nascer a chamada ciências moderna.

Descartes: “penso, logo existo”.

Sociologia surge no século 19 buscando explicar as profundas transformações na sociedade após as revoluções política e industrial no final do séc. 18; essas revoluções (industrial, francesa, científica) foram motivadas pelo Iluminismo.

Princípios da visão iluminista de John Locke:

Preponderância da razão científica sobre o misticismo.

Modernização, conhecimento e emancipação, baseados no antropocentrismo (considera humano como principal agente das transformações da sociedade).

Protagonismo dos cidadãos na vida política.

• Kant sobre a missão do iluminismo: arrancar os seres humanos de seu estado de “menoridade” para que tome as rédeas do próprio destino.


Durkheim

• Considerado um dos principais responsáveis pelo surgimento da sociologia.

• Pensou a sociedade como um corpo que deveria funcionar de forma orgânica e direcionada a evoluçãoestabelece o que deveria ser considerado típico de uma sociedade que poderia causar algum tipo de “doença”.

Fato social: Exterior aos indivíduos; exerce uma ação coercitiva sobre eles; deve ser compreendido como elemento externo; pode ser:

Normal: fato não altera o funcionamento das instituições e do corpo social.

Patológico: ameaça organização e coesão social; causador da anomia (estado em que harmonia social foi rompida ou sofre instabilidade e perda de referenciais).

Solidariedade: Consciência coletiva (consenso entre indivíduos), da qual a coesão social se baseia.

Solidariedade mecânica: por sociedades mais antigas; coesão e coerção baseadas em valores, crenças e semelhanças sociais e culturais entre os indivíduos, que visam a manutenção da tradição, à reprodução de valores morais e religiosos e à organização do grupo para obter alimentos e ferramentas, com reduzida divisão social do trabalho.

Solidariedade orgânica: por sociedades mais modernas; divisão do trabalho é mais complexa; consenso estabelecido com base em normas, regras e contratos; interdependência entre indivíduos e mediação de conflitos se faz pela via jurídica.


Comte

Leis dos 3 Estados: Teoria da evolução. A história caminharia por estágios de progresso com base na lei dos 3 Estados: estado teológico (caracterizado pela crença em vários Deuses ou em um Deus); estado metafísico (caracterizado pela explicação com base em abstrações além da vida material); e estado positivo (estado do conhecimento, apresenta a supremacia da experiência do ser humano, que estabeleceria leis gerais com base na ciência e na observação).


Positivismo

• Teve grande influência entre militares e republicanos brasileiros.

• “Ordem e Progresso” é lema positivista.

• Separação entre igreja e estado; obrigatoriedade do casamento civil e a defesa do evolucionismo e do naturalismo: defendidas por brasileiros positivistas.


Marx

• Pretendia analisar criticamente o sistema capitalista e posteriormente supera-lo por meio de revolução.

• Por meio do materialismo histórico, percebeu que as revoluções burguesas foram um avanço para a sociedade, mas foram incompletas pois continuaram a produzir e a reproduzir desigualdades, algo que, cedo ou tarde, levaria à luta de classes (burgueses e proletários).

• Defendia que o capitalismo também mudava as relações sociais das pessoas, e seu modo de pensar, ao fato que as pessoas acabam querendo trabalhar por um preço baixo, se tornando praticamente escravos por escolha.

• Capitalismo fazia do trabalho um elemento de alienação dos indivíduos (indivíduo alienado não reconhece o próprio fruto do trabalho e não tem consciência daquilo que ele mesmo pode produzir na sociedade capitalista. Ao invés de produzir mercadorias, ele mesmo se torna uma mercadoria).

Mais-valia: disparidade entre o valor produzido pelo trabalhador (e valor produzido pela sua força de trabalho) e a remuneração que ele recebe. Isso cria um círculo de dependência do qual o proprietário dos meios de produção é sempre o maior beneficiário.

Materialismo Histórico: Estudo histórico e social com base nos conflitos entre as classes e grupos sociais. As respostas p/problemas e fenômenos sociais estariam relacionadas ao modo como indivíduos lidam com meios de produção, com a própria força de trabalho e com as necessidades materiais p/sobrevivência.

• O mundo moderno, industrial e urbano, reproduz as desigualdades sociais, o que levaria a uma conscientização e à uma consequente luta de classes, que levaria ao comunismo pela revolução.

• 2 premissas fundamentais na sua teoria:

Sociedade dividida entre proprietários dos meios de produção e do capital (burgueses) e aqueles que vendem sua força de trabalho (proletário).

Mercadorias possuem valor de uso (o que satisfaz necessidades básicas) e valor de troca (inclui a força de trabalho necessário para produzi-la, seu uso final e o desejo que desperta). O lucro e a acumulação do capital são consequências dessa equação.


Weber

• Ciências Sociais observam o mundo social e cultura de forma compreensiva e como singularidades (cada evento, em cada lugar, adquire um caráter específico e deve ser considerado apenas com algum nível de generalidade no seu próprio contexto).

• Weber buscava compreender realidades, motivações, princípios, mas sempre com um recorte (não como uma totalidade válida para qualquer espaço e tempo).

• Tipo Ideal: modelo abstrato que nos permite observar aspectos do mundo real de uma forma mais clara e sistemática.

Ação: toda conduta humana dotada de um significado subjetivo dado por quem executa e quem orienta essa ação.

Ação racional com relação a fins: Baseada na racionalidade e com propósito de obter o melhor fim com base nos meios mais adequados.

Ação racional com relação a valores: Não é a finalidade prática da ação que conta, mas o seu sentido ético, político e valorativo.

Ação tradicional: tem como motivação costumes e valores (código de conduta) presentes em um determinado grupo social.

Ação afetiva: ação motivada por sentimentos (paixão, orgulho, inveja , medo...).

Ação Social: se orienta pelo comportamento dos outros.

Sociologia Compreensiva: metodologia com o objetivo de compreender e interpretar uma ação social sem que haja imposição de ideias ou conclusões por parte do cientista.

• A partir do indivíduo e de suas motivações, tenta entender a sociedade.

• Costumes, regras e normas sociais estão dentro do indivíduo, que escolhem condutas e comportamentos de acordo com a situação.


Sociologia no Brasil

• A complexidade da formação brasileira, a enorme extensão do território e a composição multiétnica e multicultural fazem um desafio elaborar um projeto nacional para o país, levando muitos pensadores brasileiros a tentar decifrar a complexidade da cultura brasileira, só que nenhum dos planos foi esclarecedor.

• Para a Sociologia, a tentativa de usar um conceito específico em outro contexto sócio-histórico pode levar à criação de muitos equívocos, porque cada país, assim como cada cultura possui um modo de funcionamento muito particular.

• A contextualização social, histórica e geográfica é fundamental tanto para a criação quanto para a aplicação de um conceito das Ciências Humanas.

Brasil, País de Antagonismos

Democracia Racial: estado de plena igualdade entre as pessoas independentemente de raça, cor ou etnia; não existe no Brasil.

• A sociedade brasileira está hierarquizada, podendo ser por meio de:

Hierarquia de posição e status.

Por estados igualitários, onde as leis impessoais (para os amigos tudo, para os inimigos nada) são instrumentos de controle.

Uma sociedade em que todos são filhos de Deus, mas são mantidos em estrutura hierárquica de santidade.


Fonte: CERICATO, Lauri. et al. Revisão Anual de Sociologia. São Paulo, SP: Editora FTD, 2018.



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