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Filosofia Medieval

Filosofia Medieval

• Combinou cultura grega e cristã.

• A Filosofia cristã vigorou, com a razão sendo utilizada para justificar a fé.

• Dividida em 2 períodos: Patrística e Escolástica.

Patrística: combina o pensamento de Platão e o cristianismo nascente.

→Principal Pensador: Santo Agostinho.

Escolástica: combina o pensamento de Aristóteles e a doutrina cristã.

→Principal Pensador: São Tomás de Aquino.

Santo Agostinho:

→Segue o maniqueísmo: doutrina que afirma a existência de 2 grandes princípios em eterno conflito: o bem e o mal.

→Ser humano já nasce pecador e aparenta ter uma tendência natural a aproximar-se do mal.

→Assim como Platão, considera o mal como a ausência do bem.

→Somente por meio da graça, o ser humano poderia se afastar do mal.

→Por meio do mal que Deus exercia a justiça divina, já que, se existisse apenas o bem, o ser humano ficaria impossibilitado de praticar o livre-arbítrio, condição essencial para o desenvolvimento da virtude.

→A alma é superior ao corpo.

→Pelo livre-arbítrio (capacidade de agir com base nos próprios critérios), a vontade humana se sobrepõe aos desígnios da alma, e o ser humano torna-se pecador, podendo livrar-se dessa condição apenas pela graça divina.

→Pelo vínculo com Deus, o ser pode voltar-se para si mesmo, em busca do bem que o levará à salvação. Esse gesto é fruto da vontade humana, que pressupõe liberdade para seguir o caminho almejado.

Liberdade estaria na gênese do pecado, já que proporciona ao homem a possibilidade de livre-arbítrio, deixando-o vulnerável a propensão imoderada aos bens inferiores, ainda que sua essência seja boa.

→Ser humano pode alcançar uma boa essência pela iluminação da graça divina, da redenção espiritual, determinada pela predestinação, não pela vontade dos pecadores.

→"Crer para conhecer, conhecer para crer".

Verdade está no interior do homem: "não é indagando o mundo, mas escavando a alma que se encontra Deus”.

→O homem é um efeito de Deus.

→Iluminação divina e a fusão entre fé e inteligência conduz ao conhecimento espiritual e ao amor.

→Vontade humana é um empecilho à vontade divina.

→O mundo da vontade dos homens é o do engano e da liberdade iludida. A cidade de Deus se faz a partir do amor e da devoção ao divino.

Escolástica:

→Busca equilíbrio entre fé e razão.

Querela dos Universais: discussão metafísica sobre a natureza das ideias gerais e das espécies. 4 respostas:

- Realismo Platônico: Concebe os gêneros e as espécies (os universais) como entidades pertencentes ao mundo das ideias e com existência autônoma e independente das coisas concretas e do pensamento.

- Realismo Aristotélico: Universais estão em potência nas coisas (existem nos indivíduos e não são independentes).

- Nominalismo: universais não passam de simples nomes, sem realidade fora do espírito ou da mente.

→Argumento Ontológico de Santo Anselmo - O que é Deus?

- “o ser do qual não é possível pensar em nada maior”.

- “Deus existe ao menos no entendimento, pois é possível compreender a ideia de alguma coisa infinitamente grande a respeito da qual não é possível pensar nada maior”.

- Se Deus apenas existe em pensamento como a ideia de algo infinitamente grande, certamente há algo maior do que essa ideia, algo que existe também na realidade é maior do que algo infinitamente grande que só existe em pensamento.

- Deus não pode existir apenas no pensamento, tendo que existir na realidade.

5 Vias de Pensamento de São Tomás Aquino - Provando que Deus existe:

- Via do Movimento: só é possível explicar a ocorrência do movimento porque existe algo imovel, um “primeiro motor”, que dá partida ao movimento.

- Via da Causa Primeira: só é possível explicar a cadeia de causas eficientes pela existência de uma “causa primeira”.

- Via da Existência Necessária: só é possível explicar a existência de seres contingentes pela existência de seres necessários.

- Via da Perfeição: só é possível explicar a grandeza de valor das coisas do mundo com base na ideia de um valor absoluto, de perfeição.

- Via da Causa Final: só é possível explicar a sucessão ordenada dos eventos do mundo se ela for fundamentada na ideia de “causa final”.

- As vias demonstram a existência de um ser que é o 1º motor, a causa primeira, é necessário, perfeito e a causa final de tudo: Deus.


Fonte: CERICATO, Lauri. et al. Revisão Anual de Filosofia. São Paulo, SP: Editora FTD, 2018.



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