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Filosofia Contemporânea

Fenomenologia e Existencialismo

Fenomenologia de Husserl

→Conceito de intencionalidade: Com base nesse conceito, a consciência não deveria mais ser vista como algo distinto e separado da realidade; ela existiria apenas em relação às coisas, e sempre visaria a determinado objeto.

→Para ele, nossa consciência é um ato de conhecer. Logo, a consciência se relaciona no movimento da relação do sujeito com o objeto.

→Lema de sua fenomenologia: "é preciso voltar às coisas mesmas".

Fenomenologia de Heidegger

→Como seres históricos, estamos desde sempre inseridos em uma relação prática com o mundo.

→Fenomenologia hermenêutica: É preciso abandonar as filosofias da consciência e enraizar a existência humana no tempo e na tradição histórica na qual realmente deve estar inserida.

→A filosofia não deve se ocupar da questão "o que é o ser humano", mas sim "o que é ser humano".

→Para ele, os humanos têm a possibilidade de escolha. Isso porque umas das principais características da existência humana é de que sempre estamos nos projetando no futuro.

Existencialismo de Sartre

→Para Sartre, a consciência é transcendência, isto é, um movimento horizontal em direção ao mundo, em busca de algo em que ela possa se tornar. Ela começa e se encerra nesse movimento; é pura espontaneidade, um vazio do ser em que pode brotar a liberdade.

→Quando a consciência se volta para si, realiza uma operação de segundo grau, a reflexão. Quando ela se dirige para o mundo, é sempre consciência que intenta um objeto, cuja realidade é densidade e opacidade.

→Para Sartre, o que caracteriza o ser humano é um processo constante do desejo do ser.

→“A existência precede a essência”. Em outras palavras, a realidade humana não tem uma essência ou natureza, visto que é um constante processo, um contínuo vir-a-ser, um tornar-se, um projeto. Esse projeto será efetivado apenas na existência concreta, única dimensão em que o ser humano pode vislumbrar se tornar alguma coisa.

→Para Sartre, “o homem está condenado a ser livre”. Ao experienciar liberdade, razão de ser de sua existência, o ser humano sente a angústia de estar vivo, com todos seus obstáculos: sofrer, adoecer, ser vítima de injustiças, ser discriminado, fracassar, envelhecer, morrer.

→A recusa em escolher e a fuga à responsabilidade de existir configura o que o filósofo denomina má-fé.

Simone de Beauvoir

→Partido do existencialismo de Sartre, ela afirma, "Não se nasce mulher, torna-se mulher”. Isso significa que não há uma determinação a priori biológica do papel da mulher na sociedade, mas que a identificação com o papel atribuído à mulher é um produto da experiência de ser mulher na sociedade.

→O mundo masculino apropriou-se do positivo (ser homem) e do neutro (ser humano), considerando o feminino como uma particularidade negativa.

→O sexo feminino é limitado pelo patriarcado.


Escola de Frankfurt

• Influenciados pelo marxismo, objetivavam libertar os seres humanos da dominação técnica.

Sob a forma de entretenimento, os produtos culturais dessa racionalidade funcionavam como instrumentos de opressão e legitimação do sistema capitalista, por sua vez, a tecnologia e a ciência também funcionavam como instrumento de reprodução da hegemonia capitalista.

Horkheimer

→A expressão do mundo capitalista resulta da razão instrumental (racionalidade utilizada para atingir qualquer fim, sem questionar os resultados da ação).

→Esse raciocínio é direcionado para o controle da natureza, visando à reprodução da vida de modo acrítico e moldado para o capitalismo.

Adorno

→Chama a atenção para a necessidade de rompimento com os conceitos abstratos criados há séculos pela teoria tradicional, que acabam por reprimir ou suprimir as expressões mais autênticas da razão humana.

Walter Benjamin

→Faz uma análise do processo de degeneração da sociedade burguesa.

→Análise sobre o tempo - o tempo verdadeiro seria aquele momento descontínuo: o tempo verdadeiro seria aquele momento em que o caráter linear do tempo fosse quebrado (utopia).

→O presente é o tempo em que a cultura burguesa se encontra imersa. É um presente que se caracteriza por ser mera reprodução mecânica de valores, especialmente artísticos, sem sentido. A repetição é tão intensa que a Arte perde sua autenticidade.

Foucault

→Ele vê o poder como meio de controle e submissão dos copos para o bom funcionamento do sistema capitalista, sendo exercido por meio da força física e tortura.

→O poder trata-se de um emaranhado de forças complexas, estratégicas e heterogêneas, difuso em toda a sociedade.

→Para ele, essa internação de “loucos” em hospícios era um movimento feito para excluir esses indivíduos do convívio e da visibilidade social, já que eram considerados inconvenientes.

→Para ele, o discurso psiquiátrico, mais do que compreender a doença mental como um fenômeno biológico, refaz as relações de poder, pois a internação dos doentes opera a exclusão social do diferente, e reproduz o caráter ideológico da idéia de normalidade e anormalidade.

Habermas

→A razão, assim, não pode ser reduzida à sua perversidade utilitária, uma vez que ela possui uma função comunicativa.

→Habermas visa a fundar uma “ética da discussão”: em vez de um sujeito buscar fazer valer uma lei universal, é preciso buscar uma discussão na qual as questões morais sejam objeto de debates, dando lugar a acordos.

→Em suma, como diz Habermas, a ação comunicativa ocorre “sempre que as ações dos agentes envolvidos são coordenadas, não através de cálculos egocêntricos de sucesso, mas através de atos de alcançar o entendimento.


Fonte: CERICATO, Lauri. et al. Revisão Anual de Filosofia. São Paulo, SP: Editora FTD, 2018.



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