Corrente Elétrica
• Materiais condutores elétricos possuem elétrons com ligações fracas com núcleo (elétrons livres), que possibilitam movimentos aleatórios entre átomos.
• Quando o condutor é submetido a uma tensão elétrica (ao conectar uma pilha ou bateria, por exemplo), seus elétrons livres (de carga negativa) são atraídos para o polo positivo em movimentos ordenados, denominados corrente elétrica.
→Sentido Real: ocorre nos condutores sólidos, é o movimento dos elétrons do pólo negativo para o polo positivo.
→Sentido convencional: sentido da corrente que corresponde ao sentido do campo elétrico no interior do condutor, que vai do pólo positivo ao negativo.
• Análise de corrente pelo modo convencional (flui do pólo positivo ao negativo).
• A intensidade da corrente elétrica média (i) que atravessa a seção da área (S) é definida como a quantidade de carga (ΔQ) que percorre a seção em um determinado intervalo de tempo (Δt).
• Corrente Elétrica Contínua (CC): Pilhas e baterias (carregam eletrônicos) possuem polos elétricos fixos, estabelecendo no circuito a elas ligado, pelo período de vida útil ou carga da fonte elétrica, um campo elétrico constante e de mesmo sentido.
• Corrente Elétrica Variável (CV): A corrente elétrica pode ser variável no tempo.
• Corrente Elétrica Alternada (CA): Gerada por fonte alterada (tomada elétrica).
Potencial Elétrica
• Medida da quantidade de energia (E) consumida em um intervalo de tempo (t).
• Medida em Watts (W) = 1 joule por segundo (J/s).
• Potência Elétrica = rapidez em que a energia elétrica é transformada em outra.
• P = U・i
→U = tensão elétrica em volts.
→i = intensidade da corrente em amperes (A).
Resistência Elétrica (R)
• Oposição ou dificuldade que a corrente encontra para atravessar o material.
• Resistência é medida em ohm (Ω).
• Resistor: limita o valor da corrente elétrica como resultado da transformação de energia elétrica em calor.
• 1ª Lei de Ohm: U = R・i (resistores ôhmicos {com resistência constante}).
→Na prática isso não acontece pois, ao ser percorrido por uma corrente, o resistor aquece como consequência, ocorrendo um aumento no valor da resistência.
• 2ª Lei de Ohm: O comprimento (L), a área de seção transversal (A) e o material do que o condutor é feito influenciam na sua resistência elétrica, propriedade chamada de Resistividade elétrica (ρ), medida em Ω.m.
→σ = condutividade elétrica do condutor (Ω.m)^(-1).
• Potência elétrica (P) num resistor em Watts:
→R = Resistência em ohms (Ω).
→i = corrente elétrica em amperes (A).
→U = Diferença de potencial em volts (V).
Associação de Resistores
• Resistência total de um circuito com resistores lado-a-lado é igual a soma das resistências individuais dos resistores considerados.
→Req = R1 + R2 + R3 + … + Rn
→Se não tem nó, os resistores estão em série.
• Resistência total de resistores em paralelos:
→Se tem nó entre os fios, os resistores estão em paralelo.
Resistores
• Caso a diferença de potencial U (tensão) nos terminais do resistor seja nula, a corrente elétrica (i) através dele também será nula.
• Num fio condutor ideal percorrido por uma corrente elétrica, a tensão entre os pontos é nula.
• Quando a corrente elétrica percorre uma parte de um circuito com resistência elétrica praticamente nula, o resistor está em curto-circuito, havendo risco de incêndio por causa do aquecimento elevado dos condutores e terminais.
• Curto-Circuito: acabar com a diferença de potencial entre os resistores.
→Corrente e potência dos resistores é 0.
→Curto-circuito independe do valor dos resistores.
→Fio precisa de resistência, senão a corrente é maior, causando uma explosão.
• Ponte de Wheatstone: Quando R1. Rx = R2. R3 a tensão entre os pontos C e D é nula, a indicação do galvanômetro G (instrumento capaz de medir pequenas correntes) é 0, e a ponte está em equilíbrio.
Instrumentos de Medida
• Galvanômetro: Ponteiro fornece valor de pequenas correntes elétricas na ordem de miliamperes. Tem alta precisão.
• Amperímetro: mede uma corrente elétrica que percorre um resistor; associado sempre em série, em uma faixa de corrente elétrica maior que o galvanômetro; deve ter a menor resistência interna possível.
• Voltímetro: mede a diferença de potencial (ddp/tensão elétrica) entre 2 pontos de um circuito; deve ser associado paralelo ao resistor; deve ter maior resistência interna possível.
Geradores Elétricos
• O gerador fornece energia elétrica a um circuito elétrico com a transformação de outra forma de energia (química, cinética, radiante, mecânica…).
• As pilhas são exemplos de geradores reais de corrente contínua presentes em nosso cotidiano. Nelas, a energia química é transformada em energia elétrica.
• U = ɛ - r・i
→r = resistência interna
→ɛ = força eletromotriz (tensão total produzida pelo gerador)
→U = tensão do circuito
→i = corrente.
→tensão do circuito = tensão total do gerador - tensão na resistência interna.
• Quando o gerador não está em operação, está em aberto (ex: pilha na caixa).
• Gerador ideal: dispositivo que não apresentaria resistência interna à passagem de corrente. U = ɛ, pois não haveria energia dissipada na resistência interna.
Lei de Pouillet
• Resistores em série são percorridos pela mesma corrente elétrica e a resistência equivalente (Req) é obtida por: Req = R1 + R2 + R3 + … + Rn
→η = rendimento
→U = tensão real
→i = corrente.
Associação de Geradores
• Para resistores em série:
→Req = R1 + R2 + … + Rn
→εeq = ε1 + ε2 + … + εn
• Para resistores em paralelo:
→εeq = ε
→Req = Rn
• ε = força eletromotriz de cada bateria (tensão total do interior do gerador)
• r = resistência interna de cada bateria.
• U = ɛ - r・i
• Para geradores, a maior barra indica o maior potencial (+), e a menor indica menor potencial (-).
Receptores Elétricos
• Receptores absorvem energia elétrica fornecida por um gerador elétrico e a converte em energia mecânica, tendo parte da energia dissipada em forma de energia térmica.
• U = ɛ’ + r・i ; quando a corrente é nula, ɛ’ = U.
→ɛ’ = força contra eletromotriz.
Leis de Kirchhoff
• 1ª Lei: a soma das corrente que chegam a um nó é igual a soma das correntes que saem dele.
• 2ª Lei: Ao percorrer uma malha em um sentido qualquer a partir de um ponto inicial aleatório, até retornar ele, a soma das tensões de todos os elementos é nula.
→Ao passar por um resistor, se o sentido escolhido para o percurso é o mesmo do sentido da corrente, use o sinal negativo para a ddp associada a ele, e se o percurso é contrário à corrente, considere a ddp positiva.
→Ao passar por uma fonte de tensão, se o potencial aumentar (- a +), atribua o sinal positivo a ela; se o potencial diminuir (+ a -), atribua o sinal negativo a ela.
→Tudo que o ponto ganhar nos geradores, ele tem que perder nos resistores.
→Busque escolher as correntes do sentido do maior valor para o menor, pois assim você começa do gerador, e pode escolher o sentido das correntes dos resistores, e se não der certo, é o sentido oposto daquele que você escolheu.
→Lembre que os resistores têm sentido corrente + para -.
→Se eu estou percorrendo o sentido da corrente e encontro um gerador, se encontrar a maior barra (+), eu coloco o sinal + antes dele. Se encontrar a menor barra (-), coloco o sinal negativo (-) antes dele.
Capacitores
• Capacitores são elementos de circuito que servem para armazenar carga elétrica.
→Ex: 1 lâmpada, flash de câmera, desfibrilador.
• O tipo de capacitor comum é formado por 2 placas paralelas de material condutor, separadas por uma distância d, com um material isolante em seu meio.
• Q = C・U
→Q = carga em coulomb (C).
→U = tensão elétrica entre placas em volt (V).
→C = capacitância (constante de proporcionalidade QxU) do capacitor em farad (F).
→Proporcional ao tamanho (área) das placas e inversamente proporcional à distância entre as placas.
→ε0 = permissividade de isolamento entre as placas em F/m
→A = área das placas em m2
→d = distância entre placas em m.
→E = intensidade do campo elétrico em joules (J).
→U = tensão elétrica entre placas em volt (V).
Fonte: CERICATO, Lauri. et al. Revisão Anual de Física - Módulo 4. São Paulo, SP: Editora FTD, 2018.
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