História: Europa e América XIX
- alando
- 23 de jul. de 2021
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Revoluções entre os séculos 18 e 19
• Primeira Revolução Industrial:
→Iniciada na década de 1780, na Inglaterra.
→Incentivou a ascensão da busca do lucro individual por meio do comércio, elemento propulsor do capitalismo.
→Lógica capitalista intensificou o processo de cercamento dos campos, originando um enorme grupo direcionado a mão de obra, favorecendo a formação de uma nova classe trabalhadora, o proletariado.
• Segunda Revolução Industrial:
→Fabricação de aço e a invenção do motor a combustão movido a gasolina
→ O aço possibilitou a expansão de ferrovias e a criação de novos bens de consumo, como o automóvel.
→Desenvolvimento de novas formas de organização comerciais, como cartéis (coligação de empresas com o objetivo de determinar os preços de seus produtos por meio de acordos, não dando espaço para o crescimento de pequenas empresas) e trustes (empresas detentores de maior parte do mercado se fundem para manter controle da produção, aumentando seus preços e seu lucro).
• Desigualdades, baixos salários, ambientes nocivos à saúde das fábricas e as péssimas condições de vida mobilizam os operários na luta contra o capital. Algumas das formas de luta que se destacaram foram:
→Ludismo: ingleses passaram a invadir fábricas em 1811 para depredar máquinas a golpe de martelo.
→Trade unions: as primeiras associações de operários, que originaram os sindicatos. Os operários se organizavam para aumentar seu poder de organizações para melhorar seus salários.
→Movimento cartista: defendia o reconhecimento dos direitos políticos dos operários, como o sufrágio universal (direito ao voto e à participação política) e cadeiras no Parlamento.
• As teorias e ações práticas relacionadas ao questionamento desse contexto social e da condição de exploração de trabalhadores foi chamado de socialismo.
→socialismo utópicos: primeiros pensadores socialistas;
- acreditavam ser possível melhorar a condição do proletariado;
- propostas falhas de reformas sociais profundas, com apoio a formação de comunidades autossuficientes e de caráter cooperativo.
→anarquismo: vertente radical do socialismo.
→socialismo científico: Karl Marx e Friedrich Engels
- Acreditavam ser necessário fazer uma crítica científica do sistema capitalista e promover a ação autônoma do proletariado, transformando a sociedade por meio da revolução proletária.
- Não planejava um sistema econômico ideal, como socialistas utópicos, mas um sistema com condição de vida igualitária para todos os membros da sociedade.
Revoluções na França no século 19
• Revolução Liberal de 1930
→Após a queda de Bonaparte em 1815, houve a restauração da Dinastia Bourbon, e Luís 18, ultrarrealista (conservadores monarquistas, representantes da antiga nobreza; pretendiam recuperar privilégios perdidos durante a revolução francesa) assumiu o poder.
→Luís 18 manteve a liberdade de imprensa e de culto religioso, a igualdade perante as leis, o voto censitário e a separação entre os poderes. Com sua morte, seu irmão, Carlos X, sobe ao poder.
→Carlos X inicia a restauração da monarquia absolutista na frança e a perseguição aos bonapartistas (partidários de Napoleão)
→Em 1830, após a derrota dos ultrarrealistas nas eleições para a Câmara, Carlos a dissolveu, suprimindo a liberdade de imprensa e convocando novas eleições→ Revolução de 1830, atos de resistência às medidas tomadas pelo rei.
→A frente dessa resistência a persistência do regime antigo se destacaram:
- republicanos: defendiam um governo nacionalista, eleito pelo voto popular
- bonapartistas: burgueses que defendiam a preservação das conquistas revolucionárias e a posse de Luís Bonaparte.
- socialistas: eram minoria; defendiam interesses do proletariado, almejando ampliar seus direitos políticos.
→revolucionários tomaram a capital e o palácio de Tulherias, depondo Carlos X
→A alta burguesia acabou controlando a situação e o Duque de Orleans, Luís Filipe, assumiu a coroa, dando início a Monarquia de Julho.
→O “rei burguês” representava os interesses da burguesia, avançando rapidamente com a industrialização na França.
• Primavera dos Povos (Revolução de 1848)
→1847, grupos de oposição ao governo de Luís Filipe organizaram encontros, ou banquetes, para discutir a crise econômica francesa e apresentar propostas buscando maior representatividade política. Nesses banquetes, o socialismo se difundiu e esse cenário originou as Jornadas Revolucionárias.
→Jornadas Revolucionárias (1848-1850): levantes políticos organizados por bonapartistas e socialistas, questionando a manutenção de privilégios da nobreza francesa e o governo controlado pela alta burguesia.
→Revolução de 1848: Primeiro-ministro francês impediu a realização de um grande banquete→Reação à repressão instantânea, com 3 dias de combate→ revoltosos instituem Governo provisório e proclamam a 2ª República Francesa.
→Governo provisório, com o objetivo de aumentar empregos, cria oficinas nacionais, aumentando impostos para pagar mão de obra, gerando revoltas→ operárias tomam as ruas e reivindicam participação política.
→Em novembro de 1848, foi outorgada uma nova constituição, instituindo mandatos de até 4 anos. Eleito, Luís Bonaparte deu um golpe de estado em 1851, fundando o 2º Império Francês.
→Revolução de 1848 foi o 1º movimento em que o poder da burguesia foi contestado. No mesmo ano, levantes semelhantes se espalharam pela Europa.
Formação do Estado italiano
• Iniciado em 1814, quando o Congresso de Viena (liderado pela Prússia, Reino Unido, Áustria e Rússia) discutiu as mudanças territoriais, políticas e econômicas da era pós-Napoleão, determinando a divisão da Península Itálica em regiões.
• Em 1847, o conde de Cavour lançou o diário Risorgimento (Ressurgimento), defendendo a criação de uma Itália unificada.
• Em 1848, eclodiram revoltas apoiadas pelo Reino de Sardenha-Piemonte (único entre os reinos governado por um aristocrata italiano) exigindo o fim do absolutismo e a unificação italiana. O governo sardo-piemontês assumiu a luta, criando o movimento Risorgimento, com propostas liberais e nacionalistas, defendido pela elite.
• Outros grupos se formaram, fortalecidos por ideais nacionalistas:
→Jovem Itália:defendia a revolução popular e a criação de uma república italiana. Giuseppe Garibaldi, líder dos Caçadores dos Alpes, aderiu ao movimento (1830).
• Giuseppe Garibaldi conquistou o Reino de Duas Sicilias, enquanto o conde de Cavour conquistou os Estados da Igreja.
• Em 1866, o rei de Sardenha-Piemonte anexou o Reino Lombardo-Veneziano.
• Roma foi invadida e transformada na capital da Itália, unificada em 1870.
Formação do Estados alemão
• A partir das decisões tomadas no Congresso De Viena, os estados alemães passaram a constituir Confederação germânica (Prússia ao norte; Áustria ao sul)
• Após a criação de uma união alfandegária, o Zollverein (intuito de favorecer a circulação de mercadorias entre os Estados confederados e consolidar um mercado para a indústria que surgia), o sentimento nacionalista e a política pró-unificação foram fortalecidos.
• Prússia, governado pelo Kaiser Guilherme I e pelo chanceler Otto von Bismarck, com o apoio da burguesia, proprietários de terra e exército, iniciou a unificação:
→1866: Bismarck ocupa territórios austríacos, desencadeando a Guerra Austro-Prussiana. A Áustria foi facilmente derrotada e, em 1867, a Prússia formou a Confederação Germânica do Norte.
→1870: Após derrotar franceses na guerra Franco-Prussiano, Bismarck anexou as províncias de Alsácia e Lorena, fornecedoras de matéria-prima, impulsionando a industrialização alemã.
• A fim de evitar rebeliões separatistas, Bismarck construiu a unidade entre os povos germânicos por meio da unificação de medidas, pesos, moedas; criação dos Códigos de Processo Civil e Criminal e de uma nova Constituição, e; reorganizou a administração de diversas regiões.
• 1871: Coroação de Guilherme I, estabelecendo o Império Alemão Unificado.
Europa no fim do século 19
• Neocolonialismo ou Imperialismo:
→Processo que envolveu aspectos sociais e econômicos, no qual as grandes potências europeias ocuparam e dominaram territórios africanos e asiáticos.
→Objetivava garantir matéria-prima e formar mercado consumidor para os produtos europeus.
→Neocolônias distinguem-se de impérios da era moderna (1453 - 1789) por:
- Estímulo de inovações tecnológicas da 2ª Revolução Industrial.
- Combate a escravidão.
- Valoriza o trabalho assalariado.
- Expansão do capitalismo industrial e financeiro.
- Garantia de aquisição de matérias-primas e mercados consumidores para a produção industrial.
→Imperialismo era justificado por meio do argumento que europeus “salvavam” da selvageria os povos de nações não cristãs e traziam progresso às regiões consideradas atrasadas.
→Imperialismo foi marcado por etnocentrismo (determinado grupo étnico ou nação se considera socialmente superior aos demais), em que europeus se viam como o modelo de civilização e consideravam a África e Ásia como povos primitivos.
• Divisão Internacional do Trabalho (DIT):
→Divisão produtiva em âmbito internacional.
→Colônias se tornaram mercados consumidores dos produtos de alta tecnologia de nações industrializadas, além de centros de produção inseridos em uma cadeia produtiva global, fornecendo desde matérias-primas industriais e gêneros alimentícios para exportação até capital aos investidores estrangeiros.
Imperialismo na Ásia
• Índia
→No século 18, sob influência da econômica inglesa, o território indiano passou de exportador de tecido a fornecedor de matéria-prima e importador de mercadorias industrializadas.
→Os governantes da Índia, por meio de tratados diplomáticos, aceitaram reconhecer o monarca britânico como o seu superior.
→Guerra dos Cipaios:
▫ Primeiras revoltas coloniais contra o domínio britânico.
▫ Na índia, o consumo de produtos de origem animal era um tabu pautado em sua religiosidade. Se revoltam com os britânicos usando gordura de animais como graxa para impermeabilizar suas armas.
- Descontentes também com o pagamento obrigatório de impostos.
- A coroa reprimiu duramente a revolta em 1858.
- Índia permaneceu sob domínio inglês até 1947, quando se tornou independente
• China
→China não tinha interesse em comprar produtos europeus, mas obtinha grandes lucros com a exportação de seda, porcelana e chá para a Europa.
→Britânicos buscavam um produto para vender aos chineses, e descobriram a solução no ópio (narcótico produzido na índia), o contrabandeando para a China e lucrando muito.
→O aumento do contrabando desequilibrou a balança comercial chinesa, levando a Primeira Guerra do Ópio, que começou após autoridades chinesas aprisionaram marinheiros ingleses e estadunidenses, destruindo seu contrabando de ópio (1839).
- Ingleses vencem a guerra, obrigando os chineses a aceitar o Tratado de Nanquim, que abria 5 portos para o comércio britânico.
→Em 1856, chineses violam o termo do Tratado ao abordar e revistar um navio britânico, originando a Segunda Guerra do Ópio.
- Ingleses, com apoio da França, Estados Unidos e Rússia, ganham a guerra, impondo o Tratado de Tientsin a China, que autorizava países estrangeiros a instalarem legações na capital do Império.
- Chineses ainda tiveram que pagar indenizações aos vencedores e perderam boa parte de seu território para os russos.
→Guerra dos Punhos de Aço/Guerra dos Boxers:
- movimento contra a dominação imperialista ocidental, e contra a presença de missionários cristaos na China.
- São enviados 20 mil soldados russos, estadunidenses, britânicos, franceses, japoneses e alemães, vencendo a China.
- As nações vitoriosas obtiveram ainda mais direitos sobre a China
Imperialismo na África
• Conferência de Berlim:
→Série de reuniões diplomáticas que visava combater a escravidao e estender a liberdade de comércio e livre circulação a África, definindo as zonas de atuação de cada país
→Resultaram fronteiras artificiais, criadas de acordo com interesses econômicos das potências imperialistas, sem considerar os aspectos políticos, sociais e culturais das populações africanas envolvidas.
• Congo Belga:
→A partilha da África teve início em 1876, com a posse pessoal do Congo pelo rei da Bélgica.
→Exploração do congo se tornou um dos regimes mais lucrativos para os europeus e mais violentos para os africanos. Congoleses, inclusive crianças, foram escravizados. Os que não comprissem o trabalho eram violentamente castigados.
→Em 1908, o rei cedeu o controle de seus domínios privados (Congo) ao Estado Belga. Durante o período de dominação belga, mais de 9 milhões foram mortos.
→Congo teve sua independência da Bélgica em 1960.
• África do Sul:
→Ocupada por holandeses (boers), que entraram em conflito com povos nativos (xhosas e zulus), que protestavam contra a posse de terras garantida apenas aos brancos
→Descoberta de ouro e diamante motivou a invasão do território sul-africano pelos britânicos. Em 1870, zulus entram em conflito contra britânicos, na guerra Anglo-Zulu. Em 1879, os invasores ganharam a guerra.
→Para os britânicos explorarem a terra, teriam que expulsar os holandeses, gerando a Guerra dos Boers, vencida pelos britânicos.
→A partir do século 20, começaram os processos de independência na África, Com o fim do domínio europeu, tiveram início violentas guerras civis, fruto da disputa entre etnias locais pelo poder nas novas nações.
La belle époque
• Entre o final da guerra Franco-prussiano (1871) e o início da 1ª Guerra Mundial (1914), as nações do Ocidente europeu viveram um período relativo de paz e prosperidade. A burguesia experimentava a efervescência cultural de uma época de intensa produção artística e literária, modernização da agricultura e grandes exposições industriais, com novidades tecnológicas e grandes descobertas e inventos. Esse momento de resplendor europeu ficou conhecido como belle époque.
• Ambiente próspero foi fruto dos acordos realizados pelas potências na Conferência de Berlim, em que a divisão dos territórios afro-asiáticos evitou conflitos militares entre as nações.
• Paz Armada: ao mesmo tempo que as nações se comprometeram com a paz, a indústria armamentista prosperava, com os países armazenando produtos bélicos como garantia de segurança,
• No mesmo tempo da belle époque, a Segunda Revolução industrial atingiu seu auge, com o mundo ocidental atingindo seu apogeu.
• Com a Era Vitoriana (Império britânico atingiu sua maior extensão, tornando a Grã-Bretanha a maior potencial mundial da época), devido a sua influência, a Inglaterra, junto com a França, exportaram um estilo de vida, moda e literatura ocidentais para outros continentes de forma imperialista e impositiva.
• Invenção da energia elétrica, permitiram às pessoas a começarem a frequentar teatros, cafés, restaurantes e praças à noite.
• Descobertas no campo da Medicina permitiram aumentar a expectativa de vida e aprimorar a forma de tratamento dos enfermos.
• Desenvolveram-se novos estilos artísticos como Impressionismo e Art Nouveau.
• O Cinema despontou no fim do século 19, como o resultado da união entre arte e tecnologia. também na época, foram publicados as primeiras histórias em quadrinhos.
América no fim do século 19
Expansão Territorial dos EUA
• Marcha para o Oeste:
→Processo de expansão territorial estadunidense, legitimado e justificado ideologicamente pelo Destino Manifesto (doutrina segundo os EUA foi o povo eleito para a missão divina de expansão territorial e direção dos povos do mundo)
→No século 19, EUA incorporou diversos territórios, ampliando seus domínios.
→Atual sudeste dos EUA, quando ainda pertencia ao México, começou a ser explorado por pecuaristas estadunidenses por meio de contratos com os mexicanos. Com pouca fiscalização, os estadunidenses fixados no Texas proclamaram sua separação do México em 1836, anexando o território em 1845, levando o México a declarar guerra aos EUA.
▫ A guerra terminou em 1848, com a vitória dos EUA e a assinatura do Tratado de Guadalupe-Hidalgo, que estabeleceu o rio Grande como fronteira entre México e EUA, além de ceder aos EUA a Califórnia, Arizona, Novo México, Nevada, Utah e Colorado.
→Marcha para o oeste resultou no massacre de milhares de indígenas, pois era preciso destruir aldeias para passar por suas terras e ocupá-las.
• Corrida do Ouro:
→Iniciada em 24/01/1848, com a descoberta de ouro em Sutter's Mill, uma serraria na Califórnia.
→Cerca de 300 mil pessoas acorreram à região, vindas de todas as partes do mundo, favorecendo o desenvolvimento econômico dos EUA:
Guerra de Secessão dos EUA
• Diferenças ideológicas entre Norte e Sul acentuaram-se com a industrialização do Norte, formando uma poderosa burguesia industrial e comercial
• Sul manteve o predomínio dos aristocratas ligados aos latifúndios, à monocultura, à exportação e à escravidão.
• Enquanto o Norte buscava reduzir a entrada de produtos industrializados ingleses (queriam priorizar a burguesia americana), o Sul reivindicava o direito ao livre-comércio (sua economia dependia do comércio com a Inglaterra).
• Enquanto o Sul era contra a abolição da escravidão (pois sua economia era fundada na mao de obra escrava), o Norte era a favor (buscava aumentar o mercado consumidor e o desenvolvimento econômico do pais).
• Em 1860, Abraham Lincoln virou candidato à presidência pelo Norte, defendendo um discurso moderado com relação à escravidão, adotando forte propagando protecionista visando reduzir as importações de produtos industrializados ds Inglaterra.
• Após a vitória de Lincoln, em 1861, a Carolina do Sul se separou dos EUA, obtendo a adesão de outros 6 estados do Sul, formando os Estados Confederados da América, desencadeando uma guerra civil nos EUA.
• Estados do Sul saem em desvantagem no conflito devido a déficit populacional e a base econômica agrária, sem industrialização (dependiam de auxílio externo para conseguirem armamento)
• O Norte interrompeu o comércio marítimo, por meio de um bloqueio naval, excluindo qualquer possibilidade de importação de armas pelo Sul.
• Em meio a guerra, Lincoln extingue a escravidão e, em 1862, promulgou o Homestead Act (lei que determinava a doação de pequenos lotes de terra no oeste a colonos e imigrantes que se comprometessem a cultiva-los durante um período de 5 anos).
• Em 1865, os confederados se renderam, aceitando a manutenção da unidade política dos EUA.
• Após o fim da escravidão, nao foram criadas politicas sociais para os ex-escravizados, que tiveram grandes dificuldades para se inserir na sociedade e no mercado de trabalho.
• Imperialismo dos EUA na América Latina
→Doutrina Monroe:
▫ ”a América para os americanos”
▫ Defendia a não submissão dos estados americanos às potências europeias.
→Corolário Roosevelt: caberia aos EUA ser a "polícia do mundo”, intervindo militarmente em países com problemas políticos e econômicos, mantendo, desse modo, a influência e os interesses econômicos dos EUA sobre eles.
Revolução no México em 1910
• Em 1872, Porfirio Díaz se aproveitou da fraqueza institucional do México, que passava por instabilidade política, e de um golpe de estado, instalando uma longa ditadura de 1876 a 1911.
• Indígenas e camponeses (expulsos de suas terras), operários (com péssimas condições de trabalho) e elite (insatisfeitas com a abertura da economia mexicana e a perda do monopólio para as multinacionais) estavam insatisfeitos com o governo de Díaz e com suas ações.
• O anúncio de Diaz a sua 8ª eleição gerou indignação popular, sendo estopim de um movimento que reunião diferentes segmentos da sociedade, com líderes como Francisco Madero e Emiliano Zapata, que reuniram exércitos contra Díaz.
• Diante das tropas reunidas na Cidade do México, Díaz renunciou à presidência, passando o cargo para Madero.
• Como Madero não atingiu as expectativas populares, Zapata lançou o Plano Ayala (1911), que propunha reforma agrária imediata, devolução de terras expropriadas e criação de um banco para fornecimento de crédito à agricultura.
• Madero reprimiu o Plana Ayala formulado pela oposição, gerando embate entre grupos, levando a intervenção do general Victoriano Huerta, apoiado pelos EUA, que assassinou Madero e assumiu o poder em 1913.
• As forças do norte e sul uniram-se contra o Exército Federal, depondo Huerta, assumindo Carranza como presidente provisório.
• Uma convenção de líderes revolucionários destituiu Carraza em 1914.
• Os EUA ameaçavam o México com possíveis intervenções militares, por isso a década de 1920 marcou a paralisação dos processos revolucionários e a consolidação da burguesia no poder.
Fonte: CERICATO, Lauri. et al. Revisão Anual de História - Módulo 3. São Paulo, SP: Editora FTD, 2018.
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