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História: Brasil Colonial

Linha Do Tempo do Brasil

• Período Pré-Colonial - 1500 - 1532

  • Fernão de Noronha - explorador de Pau-Brasil

  • Princípio de "Uti Possidetis" ("Posse pelo uso")

  • Antes de 1500: Indígenas Agrafos

Período Colonial - 1532-1822

  • 1532-1808: Colonial

  • 1808-1821: Período Joanino

  • 1821-1822: Período de Pedro

• Período Imperial - 1822-1889

  • 1822-1831: Primeiro Reinado

  • 1831-1840: Período Regencial

  • 1840-1889: Segundo Reinado

República: 1889 - HOJE

  • 1889 -1930: República Velha

  • 1930 - 1945: Era Vargas

  • 1945 - 1964: República Populista

  • 1964 -1985: Ditadura Militar

  • 1985 - HOJE: Nova República


América Portuguesa

• Indígenas Brasileiras:

→Instituições políticas, judiciais e administrativas complexas.

→Nação de fronteira instável.

→Agricultura conhecida; Terra = propriedade coletiva

→Noção de propriedade para objeto pessoal.

Período Pré-Colonial (1500-1532):

Portugal tinha interesse econômicos nos metais preciosos do Brasil, mas se interessou pelo seu exotismo e diferentes formas de organização social também.

→Portugal apenas realizou expedições de extração de Pau-Brasil e de reconhecimento das terras brasileiras.

→Portugal antes vivia em paz com índios, mas quando começaram a tomar terras e escravizá-los, os índios se revoltaram,

• Capitanias Hereditárias:

→França e Inglaterra não reconheciam o Tratado de Tordesilhas→Ameaça Estrangeira→Coroa efetiva ocupação da colônia para garantir posse de terras

→1532- Rei adota o sistema de capitanias hereditárias, acordo entre capitães e donatários. Em troca de usufruírem privilégios de exploração de terras, fidalgos deveriam povoar, criar infraestrutura e administrar suas capitanias, pagando os devidos impostos à Coroa.

→Capitanias: faixas que iam do litoral ao meridiano de Tordesilha. O território foi dividido em 15 lotes, cedidos a 12 donatários, que deveriam instalar vilas em suas áreas, para garantir posse e proteção da terra.

Carta de Doação: Assegurava direito da capitania, mas não da propriedade. Não se podia vender as terras.

Foral: Estabelecia os direitos e os deveres dos donatários.

→Capitanias falharam por falta de recursos, desinteresse, dificuldade de manejar grandes territórios, guerras indígenas, falta de mão...

→2 capitanias (Pernambuco e São Vicente) funcionaram pela produção de açúcar, levando a ocupação por colonos.

• Governo-Geral:

→Falha das capitanias→criação de um governo-geral para auxiliar donatários.

→Criou um pólo administrativo em São Salvador, 1ª capital da colônia.

→Centralizou o poder, diminuindo o poder dos donatários.

Economia Açucareira:

→Na época, consumir açúcar era um símbolo de distinção social, então seu produto e venda foram uma atividade extremamente lucrativa.

→A faixa litoral do Rio Grande do Norte até a Bahia era ocupada pela indústria açucareira. Pernambuco e Bahia eram os principais centros produtivos.

→Sucesso do empreendimento se deu pelo solo massapê, clima tropical, e a maior proximidade da região com o mercado consumidor europeu, tendo em vista o escoamento do açúcar pelo mar.

→Sistema Plantation (plantio em grandes latifúndios monocultores cuja produção era voltada às necessidades do mercado externo; mão de obra escrava)

→Portugal aliou-se à Holanda para desenvolver o negócio.

- Holandeses vendiam o maquinário dos engenhos (onde cana era processada e transformada em açúcar) para Portugal. Podiam refinar e revender o açúcar.

- Portugal lucrava com a cobrança de impostos, venda de escravos e de açúcar.


Holanda na América Portuguesa

• 1580: rei da Espanha vira o rei de Portugal, formando a União Ibérica. Os inimigos da Espanha passam a ser inimigos de Portugal.

• Países Baixos (Holanda) estavam sob domínio da Espanha, mas declararam sua independência em 1568, originando um conflito com os espanhóis, que afetaram diretamente os negócios holandeses.

• A Holanda era parceira de Portugal de longa data na exploração açucareira, mas com a União Ibérica, a relação política entre os 2 reinos foi afetada.

• Holanda no Brasil

→Holandeses financiaram a instalação dos engenhos, sendo os maiores refinadores e distribuidores de açúcar da época.

→Com a exclusão dos negócios açucareiros, decide dominar o Nordeste brasileiro

→Tentaram invadir Salvador (1624), e, após quase 1 ano de conflitos, são expulsos da Bahia por reforços vindos de Portugal e Espanha.

• Ocupação Holandesa (1630-1654)

→Chegam em Pernambuco (1630), onde não encontram muita resistência, então tomam Olinda e a tornam sede de suas ações.

Nordeste Holândes: Pernambuco, itamaracá, Paraíba e Rio Grande

• Governo de Nassau (1637-1643)

→Política de aproximação com os senhores de engenho.

→Tolerância religiosa, com liberdade de culto a católicos e judeus.

→Financiamento de novos engenhos.

→Concessão de empréstimos e juros baixos.

→Domínio do porto de Angola, com escravos a baixo preço.

→Obras de infraestrutura, urbanização e embelezamento do Recife.

→Construção de Jardim Botânico, Zoológico, observatório astronômico.

→Incentivo à arte

→Governo de Nassau gerou insatisfações na Companhia das Índias Ocidentais, que considerava sua administração dispendiosa e personalista. Sob pressão, Nassau deixou o governo em 1643, voltando para a Holanda no ano seguinte.

• Crise do Açúcar

Guerra de Restauração (1640): Com o apoio da nobreza de Portugal e os reinos da França, Inglaterra e Holanda, os portugueses venceram o rei da Espanha e retomaram sua independência política, finalizando a União Ibérica.

→Portugual, em crise financeira, firmou um acordo com holandeses para garantir a permanência da Companhia das Índias no Nordeste (trégua de 10 anos).

→O açúcar começou a enfrentar concorrência internacional diante da expansão das lavouras de cana nas ilhas do Caribe.

→Companhia das Índias passa a cobrar o pagamento de dívidas adquiridas pelos senhores de engenho no governo de Nassau, aumentou impostos, sobe o preço dos escravos e exige maior produtividade dos engenhos→Muitos, sem condições de pagar as dívidas, tiveram terras, escravos e equipamentos confiscados.

• Insurreição Pernambucana (1645):

→altos juros, economia açucareira em crise e desorganização de escravos.

→senhores de engenho, indígenas e africanos, com medo de perderem suas terras e serem presos, unem-se contra a colonização holandesa.

→Holandeses se rendem em 1654, sendo expulsos→Holanda vai ao caribe, onde produz açúcar melhor e mais barato→aumento da crise no Brasil.


Expansão Territorial

Com a união ibérica, o limite territorial de Tordesilhas foi suspenso e, paralelamente, o desenvolvimento da atividade açucareira no Nordeste holandes afrouxou o controle exercido pelas coroas ibéricas sobre o espaço colonial.

• Atividades econômicas: pecuária, drogas do sertão (plantas nativas do norte usadas para tempero, tingimento, medicina), tabaco, algodão e cana.

• Entradas: expedições patrocinadas pela coroa, que visavam explorar regiões específicas, sobretudo buscando terras agricultáveis e metais preciosos.

• Bandeiras: expedições de exploração do interior.

→No fim do séc 17, encontraram metais preciosos e diamantes em MG e GO, mudando o fluxo comercial e populacional na América Portuguesa.

• Igreja na Colonização

→catequização de indígenas como estratégia para a conquista de novos fiéis

→1549 - aumenta o número de missionários jesuítas enviados à colônia pela recém-criada Companhia de Jesus (ação para proteção e catequização dos nativos). Serviu para a assistência de excluídos nas irmandades católicas; educou a população colonial e fundou colégios de ensino básico no Brasil.

→Igreja inicia missões jesuíticas, para encontrar alguns que nativos se afastavam do litoral para fugir de expedições e aderir mais fiéis, sem combates com os colonos (visto que capturavam indígenas para mão escrava).

→jesuítas encontraram resistência dos bandeirantes sobre as missões.

→jesuítas impunham regras de conduta e horário aos indígenas, os ensinando português, ofícios e costumes católicos, ler, escrever, contar e cantar.

→atividades dos nativos: missa, trabalhar na extração de riquezas e artesanato

→Igreja usou instrumentos musicais indígenas na missa, sendo a mescla de culturas essencial para o sucesso da catequização.

• Economia Mineradora

→Com a grave situação econômica, Portugal fez o Tratado de Methuen (1703) com a Inglaterra, em que o Pt. se comprometeu a comprar tecidos de lã ingleses, e Inglaterra compraria vinhos portugueses→Inglaterra vende mais do que compra→ Portugal vira dependente economicamente da Inglaterra.

→1693: Primeiras jazidas de ouro encontradas e exploradas, o que gerou crises.

- foco da economia se desloca do Nordeste açucareiro ao centro-sul minerador.

- grande deslocamento populacional para a região do ouro.

- explosão demográfica gerou uma grave crise de abastecimento, criando espaço para fome e miséria.

- crescimento econômico e demográfico do centro-sul impôs a necessidade de transferir a capital do Governo-Geral de Salvador para o Rio de Janeiro (1763).

→Atividade mineradora desenvolvida em lugares distantes do litoral, o que implicava no aumento de custo dos transportes e grandes dificuldades na fiscalização da produção e circulação do ouro.

Guerra dos Emboabas (1708-1709): os paulistas, descobridores do ouro, nao estavam contentem com o grande número de pessoas se deslocando para a região (emboabas), pois os paulistas queriam exclusividade na exploração de ouro, entrando em conflito com os “invasores”.

- fim: emboabas matam paulistas no local, restabelecendo a ordem.

Revolta de Filipe dos Santos (1720): criação da casa de fundição em MG gerou protestos, pois prejudicava o livre comércio do ouro. População da vila rica, liderada por Filipe dos Santos, se revolta, controlando a cidade por 20 dias.

- A repressão foi violenta, alguns líderes foram presos e Filipe foi enforcado.


Independência do Brasil

• Marquês de Pombal e as Reformas Pombalinas

→Ministro de D. João de 1750-1777, realizando uma série de reformas modernizadoras: racionalizou a administração estatal, a economia e incentivou a educação nacional.

→Incentivou a criação de manufaturas e reforçou o protecionismo e mercantilismo, concedendo isenção fiscal aos produtos portugueses e aumentando os impostos sobre as mercadorias estrangeiras.

→Criou a Junta do Comércio, que aumentou o controle e a fiscalização do comércio colonial, impedindo contrabando e comércio independente.

→Rompe com a Igreja, pois acreditava que ela interferia no poder do Estado.

→Com a descoberta de minas no Brasil→mineração como principal atividade→ Metrópole faz rígida fiscalização da extração do ouro, elevados preços para comercialização→Revolta dos Beckman e Guerra dos Mascates.

• Revolta de Beckman (1684)

→diminuição do comércio do açúcar, falta de mão escrava e impostos exorbitantes

→Colonos ocupam cidade de São Luís, sendo reprimidos pelo governo

• Guerra dos Mascates (1710)

→Entre senhores de engenho de Olinda e comerciantes portugueses (mascates) de Recife, que disputavam território→governo interfere em favor do Recife.

Inconfidência Mineira (1789)

→Ouro extraído em MG, essencial para a economia local, começa a esgotar-se→ Portugal intensifica a cobrança de impostos, aumentando o quinto anual mínimo para 100 arrobas de ouro. Quando o valor mínimo não era atingido, portugueses cobravam quintos atrasados com força violência (derrama), aumentando a revolta.

→Intelectuais e elite planejam ação contra a Coroa portuguesa a fim de libertar Vila Rica de Ouro Preto do controle fiscal metropolitano.

→Líderes: Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga… e Tiradentes (único mulato e pobre, mas esperto e descartável para fazer o trabalho sujo).

→Visavam acabar com os altos impostos, implantar a República na região, permitindo a instalação de manufaturas e criando uma universidade de Vila Rica.

→Não tinha consenso sobre abolição da escravatura, mas Tiradentes era a favor

→O governo descobriu a revolta antes que os membros agissem, denunciado por um membro que buscava perdão por suas dívidas→Tiradentes foi executado, pois alegou ser culpado, e os demais inconfidentes somente receberam prisões.

Conjuração Baiana (1798)

→A partir de 1794, membros da alta sociedade baiana passaram a se reunir secretamente nos arredores da cidade, originando uma revolução que incluía diversos setores da sociedade

→1798: distribuem panfletos contra o governo e a favor da república baiense.

→Elite reclamava dos altos impostos e da falta de liberdade comercial, Trabalhadores sofriam restrição profissional, negros/mestiços eram excluídos da sociedade, soldados ressentiam baixo salário, pobres enfrentavam escassez de alimento e péssimas condições.

→Elite sai do movimento, com o medo de radicalismo→Conjuração baiana foi desarticulada e reprimida pela coroa portuguesa

Corte no Brasil

Napoleão havia decretado o Bloqueio Continental em 1806. Portugal se viu encurralado, pois havia acumulado dívidas com a Inglaterra e dependia do comércio marítimo com os ingleses.

Se Portugal aceitasse o bloqueio, corria o risco de perder suas colônias para os ingleses. Mas se recusasse, poderia ter seu território invadido pelas tropas napoleônicas.

A solução foi a Família Real portuguesa fugir para o Brasil, com o intuito de fugir do ataque napoleônico e manter relações comerciais com os ingleses.

Corte desembarcou em Salvador, e depois seguiu ao RJ, onde se instalou.

Corte receberia proteção das tropas britânicas no RJ e D. João 6 abriria os portos marítimos brasileiros ao comércio com nações amigas.

Com a vinda da corte, em um período conhecido como joanino, D. João 6 concedeu títulos e honrarias a grandes proprietários brasileiros; criou a 1ª fábrica brasileira, o Banco do Brasil, Biblioteca Real, Academia Real Militar, Academia da Marinha, Teatro São João, as 1ª universidades...

Em 1810, foram assinados tratados que estabelecem tarifas preferenciais de importação para as mercadorias inglesas, fazendo a burguesia lusitana perder espaço no comércio com o Brasil

• O estabelecimento da sede no Brasil aumentou a tensão entre monarcas e portugueses metropolitanos, pois o poder fica centralizado o RJ.

• Após a queda de Bonaparte, não tinha mais desculpa para a corte e o rei não voltarem para Portugal, que estava em forte crise econômica

• Em 1818, D. João 6 se coroa Rei de Portugal, Brasil e Algarves.

Revolução Pernambucana (1817):

→Centralização Política + estadia da corte no Brasil→aumento de tributos

→Descontentes com o desprestígio político e poder centralizado para aristocratas

→Movimento contra monarquia portuguesa se espalha pelo nordeste (1817)

→Movimento teve participação de diversos setores da sociedade→criam governo provisório republicano→Alagoas, Paraíba e RN aderem ao movimento.

Governo provisório foi enfraquecido pois não conseguia mais reagir militarmente ao ataque

Lideranças discordam em questões centrais (escravidão)→elite se opõe ao radicalismo e abandona o movimento.

Bloqueio marítimo impede abastecimento e contatos externos do gov provisório

Tropas imperiais derrotaram os revolucionários, executando líderes.

Revolução Liberal do Porto:

→Portugueses mobilizam os setores comerciais do Porto, exigindo uma ampla reforma no Império, nova constituição e a volta da corte a Portugal.

→Em 1821, a corte retorna a Lisboa, mas D. Pedro, permanece no Brasil como príncipe regente do Brasil.

→Em 1822, depois de um abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas pedindo a permanência de Pedro no Brasil. Ele anunciou o Dia do Fico, em abril de 1822, proclamando oficialmente sua permanência na colônia.

Independência do Brasil

→Em agosto de 1822, D. Pedro I recebe uma carta de Portugal exigindo sua volta, e em caso de descumprimento seriam enviadas tropas à colônia.

→Em 7 de Setembro de 1822, nas margens do Rio Ipiranga, ao ler a carta, ele declarou "Independência ou morte”, proclamando a independência do Brasil.

→Tropas portuguesas no pais foram derrotadas e Pedro foi coroado imperador.

→Apesar do Brasil ser politicamente independente, continuam economicamente dependente de Portugal.

→Portugal só reconheceu a independência em 1825, por meio de um acordo que:

- Imperador do Brasil assegurava seus direitos de herdeiro ao trono de Portugal.

- Brasil assume a dívida que Portugal tinha por meio de empréstimos com a Inglaterra para financiar a guerra contra independência→gera a dívida externa.


Fonte: CERICATO, Lauri. et al. Revisão Anual de História - Módulo 2. São Paulo, SP: Editora FTD, 2018.



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