top of page

História: Baixa Idade Média

Baixa Idade Média

Contexto - Transição para B.I.M. (XI-XV)

Fim das Invasões Bárbaras com o Auge do Feudalismo

Soberania da Igreja Católica na Europa, moldando a mentalidade ocidental.

Abertura das Rotas Comerciais: intensifica comércio entre oriente e ocidente

Ano da Paz de Deus

• Fim das invasões na Europa no séc. 11 diminuiu o número de batalhas e de mortes no continente, ocasionando grande aumento populacional→crise na produção de alimentos→roubos e saques de feudos cristãos por cavaleiros.

• 989 - Igreja condena os abusos dos cavaleiros contra a população desarmada.

• Institui-se a paz de Deus (1000), uma espécie de trégua durante as festividades religiosas. Nessas datas, os cavaleiros eram proibidos de promover e participar de qualquer conflito armado.

Burgos

• Aumento da população→Novas técnicas para suprir a necessidade alimentícia (rotação, moinho, charrua)→Mais áreas necessárias para plantar→impactos naturais.

• Aumento na produção→falta de áreas para o cultivo→fome→servos mudam para cidade em busca de trabalho e melhores condições→núcleos urbanos→burgos.

Burgos: cidades auto-governadas da época, habitadas por burgueses (voltados para atividades comerciais; controlavam rotas comerciais).

→Gênova e Veneza controlavam o Mediterrâneo, controlando o comércio marítimo.

• Burgos eram nos limites do senhorio (domínios do senhor)→burgueses pagavam taxas e tributos aos senhores→fonte de riqueza para a nobreza.

• Cidades começam a reivindicar autonomia para escapar da obrigação de pagar taxas ao senhor→lutas→liberdade→Carta de Franquia (desobrigação de pagar taxas ao senhor e independência das cidades).

Organização das cidades e do Comércio

Corporações de Ofício: associações que controlavam o processo produtivo artesanal nas cidades, a técnica de produção dos bens, qualidade, distribuição e preço do produto; Contra lucros e juros (escolástica); Hierarquia:

Mestres de Ofício: Donos que controlavam tudo, contratavam e pagavam

Oficiais: profissionais experientes, remunerados pelo trabalho; podiam virar mestres se pagassem taxa e passassem numa prova.

Aprendiz: Pagava o mestre para aprenderem o ofício.

→Expansão do comércio→aumento do uso de moedas, porém cada feudo tinha uma moeda diferente→cambistas (avaliavam e trocavam moedas)bancos

Universidade e as Artes

Escolástica de São Tomás de Aquino = conciliar fé e razão. Tomás pregava que o progresso e a salvação do ser humano não eram possíveis apenas pela vontade divina, mas também pelo esforço humano→nova corrente doutrinária baseada no livre-arbítrio (salvação depende de uma decisão racional do indivíduo)

→Organizadas como corporações autônomas de alunos e mestres

→Surgiram no século 12, por meio do impulso da Igreja, que a cria visando o ensino de teologia, medicina, direito, línguas, física e matemática

Arte Gótica: em grandes catedrais, com arcos em forma de ogiva, ornamentos abundantes e vitrais coloridos.


Cruzadas (1095 - 1492)

• Expedição Cristã autorizada pela igreja contra os muçulmanos (ou infiéis).

• Turcos conquistam Jerusalém e proíbem cristãos de entrarem + expansão do Islã conquista partes do Império Bizantino = Papa convoca cristãos do ocidente contra o Islã.

• Europa cristã estava sendo invadida pelo Islã e papa Alexandre III, governantes e a Igreja temiam perder o poder que vinha da religião.

• Os participantes da cruzada ganhavam indulgência (perdão pelos pecados).

Motivações das Cruzadas:

Política: demonstração da força papal; interesse dos nobres em conquistar terras do oriente

Econômicas: burguesia disposta a retomar comércio com oriente e muçulmanos

Sociais: alívio da pressão demográfica sobre o ocidente.

Culturais: fervor religioso europeu; promessa de salvação; desejo de aventura; rompimento do isolamento cultural.

1ª Cruzada dos Nobres (1095-1099):

→Cristãos reconquistam Jerusalém e fundam um reino que durou pouco.

Cruzada dos Mendigos (1096):

→O povo lutou sem o apoio da igreja e sem militares; cristãos perderam.

2ª Cruzada do Socorro (1147-1149):

→Cristãos tentam reconquistar Jerusalém e fracassam, pois os muçulmanos já entenderam a estratégia de guerra dos europeus e detonaram eles.

3ª Cruzada dos Reis (1189-1192):

→Teve a participação dos reis da Inglaterra (Ricardo Coração de Leão), França e Império romano-germânico

→Cristãos fracassam e o líder turco faz um acordo e os deixa entrar em Jerusalém

4ª Cruzada Comercial {de Gênova e Veneza} (1202-1204):

→O papa pede dinheiro à burguesia (que antes condenava, por heresia e usura) para financiar guerras.

→venezianos invadiram e saquearam Constantinopla, passando a controlar todo o mediterrâneo

Cruzada Albigense (1209-1229):

→Contra o catarismo (catolicismo que criticava o papa, sua riqueza e sua condição de instituição cristã; acreditava no bem e no mal).

→Quem participasse das cruzadas ganharia propriedades dos albigenses.

Cruzada das Crianças (1212):

→Só jovens participaram pois a Igreja acreditava que eram puros e venceriam.

→Jovens cristãos perdem as cruzadas, capturados e vendidos como escravos.

5ª Cruzada (1217-1221):

→povos de diferentes lugares tentaram conquistar o Egito e falharam

6ª Cruzada (1228-1229):

→Cristãos reconquistam Jerusalém e a perdem em seguida

7ª Cruzada (1248-1254):

→Cristãos tentam reconquistar o Egito, falham e capturam o rei, que pagou caro para ser solto.

8ª Cruzada (1270):

→Na Tunísia; cruzados morrem com epidemia, inclusive o rei.

Reflexos das Cruzadas:

→Europa entra em contato com conhecimentos orientais, como matemática e medicina

→Aumento do comércio entre ocidente e oriente, principalmente no mediterrâneo, com Gênova, Veneza e Pisa controlando o comércio (marítimo) com o oriente.

→Aumento da tolerância entre cristãos e muçulmanos

→Comerciantes judeus viram grande concorrência aos cristãos→igreja vs judeus

→Igreja perde poder e influência devido ao fracasso das expedições.

→Enfraquecimento da nobreza (morriam ou ficavam pobres pelo investimento).

→Fortalecimento da burguesia (novas oportunidades comerciais).

→Com a necessidade de criar exércitos fortes, os reis centralizaram boa parte do poder militar dos reinos feudais, enfraquecendo os feudos.


Crise do Feudalismo (século 14)

Peste Negra (1346 - 1453)

→Aumento da população + urbanização + falta de higiene + pobreza = peste

→aumento do comércio→navios transportam ratos para Europa→peste negra

→Leva a morte de ⅓ da população europeia.

→Causa fuga em massa pelo seu rápido espalhamento, medo e superstição.

→Peste abala a imagem do clero→aumento da popularidade de cultos místicos.

→Peste→Mortes→Escassez de mão de obra na agricultura→Valorização do trabalho rural→Servos exigem mais dinheiro e menos trabalho.

→Falta de mão de obra na agricultura, causada pela peste→Fome

Guerra dos 100 Anos (1337-1453)

→Carlos 4, último rei da dinastia capetíngia, morre em 1328 sem deixar herdeiros

→Eduardo 3, rei da Inglaterra e sobrinho de Carlos, clama o trono, mas os nobres franceses escolhem o primo de Carlos, Felipe 5, como rei.

→Eduardo passa a reivindicar as terras francesas como herança.

→Ingleses começaram vencendo

→1420s - Joana D'Arc (enviada por Deus), por meio de visões proféticas, venceu várias batalhas, mudando o rumo da guerras, coroando Carlos VII da França

→Depois que Joana venceu a guerra, foi capturada e queimada por bruxaria (1431)

→Joana rompeu com particularismo feudal da França e contribuiu para a formação do Estado francês nacionalista.

→1453 - França toma Bordéus, último reduto da Inglaterra, e ganha a guerra.

Consequências da Guerra:

- Ingleses e franceses fortaleceram suas monarquias nacionais.

- França: solidificação e centralização do poder real e territórios retomados da Inglaterra.

- Inglaterra: crises internas; aumento da rivalidade entre os nobres (guerra civil pelo poder - Guerra das 2 Rosas - Yorks vs Lancaster).

- Guerra dos 100 Anos foi a última guerra feudal e a 1ª moderna, pois foi iniciada por nobres feudais e acabou a disputa de Estados com exércitos nacionais.

As Monarquias Nacionais

→O poder real cresceu à medida que decresceu o poder senhorial

→Centralização correspondeu ao processo de passagem da monarquia feudal para a monarquia nacional

→Monarquias nacionais tinham moeda única, exército único e justiça única.

→Guerras de conquista, como Cruzadas, levam a necessidade de um exército forte, centralizando e fortalecendo o poder do rei

→Na França, a dinastia capetíngia lentamente centralizam o poder e, passaram a interferir nas questões políticas e religiosas do reino.

- Felipe 4, transfere a sede da Igreja de Roma para Avignon, no sul da França.

→Fim dos feudos→Fim da Idade Média→Começo da idade moderna.


Fonte: CERICATO, Lauri. et al. Revisão Anual de História - Módulo 1. São Paulo, SP: Editora FTD, 2018.



Comments


©2022 por Alando.

bottom of page