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Biologia: Sistemas

Sistema Digestório

• A nutrição envolve a ingestão do alimento, seguida da digestão e absorção dos nutrientes.

Digestão: para que os nutrientes sejam absorvidos e se tornem disponíveis para as células do corpo, é preciso que os alimentos sejam quebrados em partes menores. É promovida por processos mecânicos (mastigação) e químicos (ação de enzimas digestivas).

Boca

→Saliva, produzida pelas glândulas salivares, contém amilase salivar, quebrando o amido em maltose.

→pH da boca é entre 6 e 7 (médio).

→Os dentes promovem a mastigação, que contribui para aumentar a superfície de contato dos alimentos na qual entraram em ação as enzimas digestivas.

Faringe

→Canal comum ao sistema respiratório e digestório, passando ar e alimento por ela.

→Faringe possui a epiglote (estrutura cartilaginosa que impede que comida vá para as vias aéreas, a direcionando para o esôfago).

Esôfago: Canal de cerca de 25cm que conduz o bolo alimentar da faringe ao estômago por meio de movimentos peristálticos (deslocamentos ondulatórios realizados pela musculatura lisa).

Estômago:

→Órgão de armazenamento de alimentos.

→A acidez estomacal mata boa parte dos microorganismos que poderiam causar a decomposição do alimento.

→Faz a digestão de alimentos pela pepsina, que quebra proteínas em aminoácidos.

→pH 2 (ácido).

→A acidez estomacal é mantida pela secreção de ácido clorídrico, enquanto a secreção de muco protege o estômago contra a acidez.

Fígado

→O fígado armazena glicose na forma de glicogênio, sintetiza proteínas e lipídios, transforma a amônia em ureia e contribui para metabolizar muitas substâncias tóxicas, como o álcool e a nicotina.

→O fígado produz a bile, um composto constituído de sais que atua como emulsificante.

- A bile fragmenta a gordura em pequenas gotículas, o que aumenta sua superfície de contato para a ação das lipases.

- Permanece armazenada na vesícula biliar até ser lançada no duodeno.

Pâncreas

→É uma glândula que libera o suco pancreático (suco que contém diversas enzimas digestivas produzidas pelo pâncreas).

→As principais enzimas secretadas pelo pâncreas são:

- Amilase pancreática: digere amido

- Lipase: quebra os lípidos.

- Nucleases: degradam os ácidos nucleicos.

- Tripsina: digere proteínas diferentes daquelas quebradas pela pepsina no estômago.

→Pâncreas também libera bicarbonato de sódio, que neutraliza a acidez vinda do estômago.

→O pâncreas também produz hormônios como a insulina e o glucagon.

Duodeno:

→Porção inicial do intestino delgado onde são liberados o suco entérico (contém diversas enzimas produzidas pelo intestino), suco pancreático e a bile.

→As enzimas secretadas pelo duodeno agem principalmente em carboidratos menores (maltose, sacarose, lactose), em peptídeos (peptidases), e em ácidos nucleicos (digeridos pelas nucleases).

Intestino Delgado

→O restante do intestino delgado (jejuno e íleo) é responsável pela absorção de nutrientes.

→A superfície absortiva do intestino delgado é ampliada pela presença de vilosidades (apresentam capilares sanguíneos em seu interior, permitindo que os nutrientes e as substâncias absorvidas pelo epitélio intestinal entrem na corrente sanguínea, e sejam distribuídos pelo corpo) e microvilosidades.

→A contração da musculatura lisa do intestino delgado conduz alimento por meio de movimentos peristálticos até o intestino grosso.

Intestino Grosso

→No intestino grosso, ocorre a absorção de água e sais minerais, bem como a formação de fezes (restos alimentares não digeridos).

→No ceco (porção inicial do intestino grosso) está localizado a apêndice (pequena projeção que abriga muitas bactérias formadoras da microbiota intestinal).

→Ao final do intestino grosso, encontra-se o ânus, abertura por onde as fezes são eliminadas.

Sistema Digestório. Fonte: Mundo Educação

Sistema Digestório. Fonte: Mundo Educação

Sistema Circulatório

• Em muitos animais, a distribuição de nutrientes e gases é feita por meio da difusão (não há um sistema específico para realizar o transporte de substâncias). Entretanto, outros animais possuem um sistema circulatório, no qual um líquido (hemolinfa ou sangue) transporta os gases, nutrientes e/ou excretas, facilitando sua distribuição.

• O sangue humano, além de transportar nutrientes, gases, excretas e hormônios, possui diversos tipos celulares:

Hemácias: transportam gases

Leucócitos: atuam na defesa contra agentes invasores.

Plaquetas: fragmentos celulares que participam da coagulação sanguínea.

Plasma: parte líquida do sangue em que estão imersas todas essas células e substâncias.

• O sangue é transportado somente dentro desses 3 tipos de vaso:

Artérias: vasos que transportam sangue que sai do coração para os pulmões ou para o restante do corpo.

- Parede espessa e bastante elástica, dividida em 3 camadas: túnica interna (formada por um tecido epitelial de revestimento simples), túnica média (formada por tecido muscular liso e tecido conjuntivo elástico) e túnica externa (formada por tecido conjuntivo fibroso).

- Quando as artérias possuem diâmetro bem pequeno, recebem o nome de arteríolas.

Veias: Transportam sangue que chega ao coração.

- Apresentam as mesmas camadas que a artéria, porém a túnica média é menos espessa.

- Em seu interior, há válvulas que impedem o refluxo sanguíneo.

- Quando as veias possuem diâmetro bem pequeno, recebem o nome de vênulas.

Capilares: rede de vasos sanguíneos muito finos, resultante da ramificação de arteríolas e vênulas.

- Suas paredes apresentam apenas uma camada de células de espessura, que corresponde ao endotélio das artérias e veias.

• O sistema circulatório é fechado, com circulação completa e dupla. Na primeira vez que o sangue passa pelo coração, ele está um pouco oxigenado, chegando dos tecidos pelo lado direito. Na segunda vez, o sangue oxigenado chega aos pulmões pelo lado esquerdo do coração, que vai bombeá-lo para o restante do corpo.

• O sangue venoso (proveniente do copo e pobre em oxigênio) chega ao átrio direito por meio das duas veias cavas. Esse sangue passa pelo ventrículo direito e é enviado aos pulmões por meio das artérias pulmonares. Nos pulmões, o sangue é oxigenado, se tornando arterial.

- Circulação pulmonar (ou pequena circulação): passagem do sangue do coração aos pulmões. Depois, o sangue retorna pelas veias pulmonares ao coração, passando pelo átrio e ventrículo esquerdos.

- Circulação sistêmica (ou grande circulação): o sangue é enviado ao restante do corpo pela artéria aorta. A passagem do sangue pelos tecidos o deixará novamente venoso. O retorno do sangue venoso ao coração (retorno venoso) ocorre pela contração da musculatura esquelética.

• O coração é um órgão composto de tecido muscular estriado cardíaco e está localizado no meio do peito, levemente deslocado para a esquerda, sob o osso esterno.

Para bombear o sangue, o coração está continuamente se contraindo e relaxando.

Sístole é o movimento de contração. Diástole é o movimento de relaxamento. Cada ciclo de sístole e diástole é chamado ciclo, ou batimento cardíaco.

→Algumas situações, como atividade física e estresse, elevam a frequência cardíaca

Nodo sinoatrial: células que se autoestimulam, de forma rítmica, gerando um impulso elétrico que se propaga para as fibras musculares cardíacas, o que resulta na contração do coração.

Sistema Circulatório. Fonte: PrePara ENEM


Sistema Linfático

• Atua drenando o líquido que se acumula naturalmente nos tecidos.

Edema: se ocorre alguma lesão, ou entupimento dos vasos linfáticos, ocorre o acúmulo do líquido no espaço extracelular (edema).

• A movimentação da linfa é dependente da contração muscular esquelética.

• A linfa contém células de defesa, os leucócitos presentes nos linfonodos (regiões dilatadas do sistema linfático). Quando há uma infecção no corpo, os linfonodos se dilatam.

Sistema Linfático. Fonte: AngioLife

Sistema Respiratório

• Animais são seres aeróbios: dependem de oxigênio para obter energia via respiração celular.

• Nos seres humanos, os pulmões são órgãos formados pelas ramificações dos brônquios em bronquíolos cada vez mais finos, que terminam em alvéolos pulmonares. Em cada alvéolo, forma-se uma rede de capilares pela qual ocorrem as trocas gasosas.

• Partes que auxiliam na respiração:

Cavidades Navais: aquelas pelas quais o ar entra no nariz.

- São divididas pela cartilagem denominada septo nasal.

- Permitem que o ar seja aquecido e umidificado.

- São revestidas por pelos, que ajudam a reter impurezas do ar.

- Suas células são ciliadas e produtoras de muco.

Faringe: Órgão comum aos sistemas digestório e respiratório.

- Quando o ar chega a faringe, ele é conduzido para a glote, em direção à laringe.

- Durante a respiração a epiglote fica levantada, levando o ar para a laringe. Durante a deglutição, a epiglote abaixa, fechando a glote, e conduzindo o alimento ao esôfago.

Laringe: pequeno tubo que conecta a faringe à traquéia.

- Contém as pregas vocais, projeções laterais responsáveis pela produção de sons. Quando tensionadas, as pregas vocais vibram com o ar expirado, gerando uma variedade de sons articulados pela movimentação dos lábios e da língua.

Traqueia: tubo reforçado por anéis cartilaginosos revestido internamente por células ciliadas e secretoras de muco, que retém pequenas partículas presentes no ar, além de microorganismos.

Brônquios, Bronquíolos e Alvéolos:

- Traquéia se ramifica em 2 brônquios. Cada brônquio penetra um dos pulmões e se ramifica, ficando cada vez mais finos.

- Quando os brônquios de iam de ter anéis cartilaginosos, passam a ser chamados de bronquíolos.

- Os bronquíolos terminam nos alvéolos pulmonares, onde ocorrem as trocas gasosas que oxigenam o sangue.

Árvore Brônquica - Sistema Respiratório - InfoEscola

Pulmões: dois órgãos formados pela ramificação dos brônquios e bronquíolos, terminando nos alvéolos.

- Cada pulmão é revestido por pleuras (duas camadas de tecido).

- O pulmão direito é levemente maior, dividido em 3 lóbulos, enquanto o esquerdo é dividido em 2.

- Junto com o coração, os pulmões preenchem a caixa torácica, formada pelo osso esterno (na parte da frente), pela coluna vertebral (na parte de trás) e pelas costelas (na parte lateral).

Diafragma: músculo que auxilia no processo de ventilação, ou seja, da entrada de ar (inspiração) e saída de ar (expiração) dos pulmões.

Sistema Respiratório. Fonte: InfoEscola.

Ventilação Pulmonar:

→Durante a inspiração, o diafragma e os músculos intercostais se contraem, aumentando o volume da caixa torácica e diminuindo a pressão interna do ar. Com a pressão interna menor que a pressão atmosférica, o ar entra nos pulmões.

→Durante a expiração, o diafragma e os músculos intercostais relaxam, diminuindo o volume da caixa torácica e aumentando a pressão interna do ar. Com a pressão interna maior que a pressão atmosférica, o ar sai dos pulmões.

Trocas Gasosas

Hematose: a troca gasosa que ocorre nos alvéolos.

→Quando o sangue chega aos alvéolos, ele tem alta concentração de gás carbônico, enquanto o ar contido nos alvéolos apresenta baixa concentração de gás carbônico. No entanto, o oxigênio está em alta concentração nos alvéolos e em baixa concentração no sangue.

Transporte de Gases

→O gás oxigênio é transportado principalmente pela hemoglobina (proteína presente nas hemácias). O oxigênio se combina com a hemoglobina quando entra na corrente sanguínea, formando a oxiemoglobina.

→O gás carbônico se combina com a hemoglobina quando entra na corrente sanguínea, formando a carboemoglobina. Porém, apenas 25% desse gás é transportado dessa forma, sendo a maior parte transportada na forma de íons bicarbonato.

→A hemoglobina possui mais afinidade com o monóxido de carbono (CO) do que com o oxigênio. O CO, quando combinado com a hemoglobina, forma a carboxiemoglobina, reduzindo a quantidade de hemoglobinas disponível para o transporte de oxigênio.

- A inalação de muito CO pode ocasionar a morte por asfixia.

Regulação na Respiração

→Os movimentos respiratórios são voluntários e involuntários.

→O principal modo de respiração involuntário é a diminuição do pH, resultante do aumento da concentração do gás carbônico, estimulando o tronco encefálico, que aumenta a frequência respiratória.

→Concentrações baixas de gás oxigênio também podem aumentar o ritmo respiratório.

→Quanto maior a altitude, menor é a pressão do gás oxigênio, o que dificulta a sua obtenção pelo organismo.

- Uma pessoa que fica um longo tempo em altas atitudes tem a elevação do número de hemácias, e consequentemente de hemoglobinas, melhorando a captação de gás oxigênio.


Sistema Excretor

Excretas Nitrogenadas: excretas resultantes do metabolismo de proteínas e ácidos nucleicos. Podem ser:

Amônia: substância extremamente tóxica que exige muita água para ser eliminada, produzida por a maioria dos peixes e animais aquáticos.

Ureia: substância que é menos tóxica e exige menos água para ser eliminada do que a amônia. Peixes cartilaginosos, anfíbios adultos e mamíferos (ser humano) convertem, no fígado, amônia em ureia.

Ácido Úrico: composto insolúvel e pouco tóxico que pode ser armazenado no organismo por muito tempo e permite uma grande economia de água. Produzida por aves e répteis.

Funções: Elimina excretas nitrogenadas (tóxicas)

→Mantém a concentração adequada de solutos

→Regula a quantidade de água no organismo

→Elimina substâncias resultantes (não usadas) do metabolismo.

• Órgãos envolvidos:

Rim: órgãos que realizam a filtração do sangue e a formação da urina.

- Se localizam ao lado da coluna vertebral, embaixo das glândulas suprarrenais.

- Cada rim contém cerca de 1 milhão de néfrons (filtra sangue e produz urina), um tubo envolvido por capilares, a unidade funcional dos rins.

- A ação dos néfrons forma a urina, que vai para ductos coletores, que a encaminham para a pelve renal, sendo conduzida para os ureteres.

Néfron. Fonte: Toda Matéria

Ureter: canal que conduz a urina dos rins para a bexiga urinária.

Bexiga Urinária: bolsa muscular elástica e oca com capacidade de 500-800 ml - Onde a urina é armazenada até ser eliminada pela uretra.

- Quando a sua parede se encontra distendida, suas terminações nervosas enviam sinais ao sistema nervoso, que desencadeia o reflexo da micção.

Uretra: canal que elimina a urina.

- Nas mulheres, é mais curta, e é separada do canal vaginal, ao passo que dos homens é maior (pois atravessa a próstata e o pênis) e é um canal comum aos sistemas excretor e reprodutivo.

- Anéis Musculares: fecham e abrem a comunicação da uretra com a bexiga.

- 300ml na bexiga = bexiga relaxa, contraindo/abrindo os anéis, eliminando o xixi.

Sistema Urinário. Foto: Brasil Escola

Formação da Urina:

1) Filtração: Sangue chega ao rim e, pela pressão, sai um liquido para a cápsula

2) Artéria eferente: leva o sangue para fora da cápsula.

3) Filtrado, o sangue segue pelos túbulos renais.

4) Reabsorção de substâncias vitais (úteis) para o organismo.

5) Eliminação de excretas (amônia, sais, ácido úrico) para o interior do túbulo.

6) Reabsorção da água.

7) Urina: água, sais e excretas nitrogenadas; eliminada pela uretra.

Regulação da função renal:

→O hormônio antidiurético (ADH) reduz o volume da urina liberada em casos de desidratação. Isso ocorre pois ele atua aumentando a permeabilidade dos néfrons, o que eleva a quantidade de água reabsorvida pelos rins.

→O álcool impede a liberação de ADH pela hipófise, aumentando a micção e, consequentemente, a desidratação do corpo.

Aldosterona: regula o equilíbrio osmótico do sangue, estimulando a reabsorção de cloreto de sódio nos néfrons, aumentando a concentração dos íons sódio no sangue quando está baixa.


Sistema Nervoso

Para ler sobre o sistema nervoso:


Órgãos Sensoriais

• Uma das características de todos os seres vivos é a capacidade de responder a estímulos.

• Na maioria dos grupos animais, os estímulos são captados por receptores, células sensoriais que se encontram espalhadas pelo corpo ou agrupadas em órgãos sensoriais.

• Quando estimulados, os receptores enviam impulsos elétricos para o sistema nervoso, que os interpretam e geram respostas dos mais variados tipos, podendo estimular áreas que envolvem a interpretação, o aprendizado e a memória.

• Principais tipos de estímulo:

Mecânicos: são os relacionados ao toque e as vibrações sonoras captadas pelos mecanorreceptores.

Térmicos: relacionados ao ganho ou perda de calor, sendo percebidos por termorreceptores, distribuídos por toda a pele.

Químicos: relacionados com o paladar e olfato. São percebidos pelos quimiorreceptores, concentrados na língua e nariz.

Luminosos: percebidos pelos fotorreceptores. Olhos são os órgãos fotossensíveis (sensíveis a luz).

A Orelha Humana

→Dividida em orelha externa, orelha média e orelha interna.

→A orelha externa capta as vibrações sonoras do meio externo, as transmitindo para o meato acústico, que é recoberto de cera, retendo partículas e microorganismos, e conduz as vibrações a membrana timpânica.

→Ao vibrar, a membrana timpânica transmite vibrações para o martelo, que transmite o som para a bigorna, o repassando ao estribo. Esses três últimos são os ossículos da orelha média, que além de transmissores, amplificam o som.

→A tuba auditiva liga a orelha média a faringe, permitindo a entrada de ar, e a manutenção de pressão interna da orelha.

→Quando as vibrações atingem a orelha interna, movimentam um líquido que ativa as células ciliadas (revestem o interior da cóclea), disparando impulsos elétricos enviados pelo nervo coclear ao cérebro, que interpreta o som.

Orientação Espacial

Ductos semicirculares da orelha interna são os órgãos de equilíbrio nos vertebrados. Eles são preenchidos por um liquido e otólitos (concreções de carbonato de cálcio).

→Quando o animal se move, os otólitos se movimentam e ativam os mecanorreceptores que revestem os ductos, enviando pulsos elétricos pelo nervo vestibular até o cérebro.

Olho Humano

→Órbita: cavidade óssea do crânio que aloja os olhos.

→Pálpebra: protege os olhos.

→Ao chegar ao olho, a luz atravessa a córnea (membrana transparente), em seguida, penetrando pela pupila (orifício central).

→O diâmetro da pupila é regulado pela íris, estrutura muscular e colorida que pode se contrair ou relaxar dependendo da quantidade de luz disponível no ambiente, aumentando ou diminuindo o tamanho da pupila.

→Depois de penetrar a pupila, a luz atravessa o segmento anterior, a lente e o segmento posterior.

→A ação dos músculos ciliares pode deformar a lente, feita de material flexível, permitindo o ajuste de foco da imagem.

→Ao chegar à retina, por meio da rodopsina (pigmento estimulado pela luz), a luz ativa os fotorreceptores ali presentes, que podem ser de dois tipos:

- cones: capazes de distinguir as cores.

- bastonetes: capazes de detectar os níveis de luminosidade.

→Depois de estimulados, os fotorreceptores enviam impulsos elétricos por meio do nervo óptico para o cérebro, que corrige a posição da imagem (já que na retina ela é formada invertida) e a interpreta.


Sistema Endócrino

• Regula as atividades desempenhadas pelo corpo humano. Ativa em conjunto com o sistema nervoso

• No controle endócrino, “comandos” são enviados na forma de hormônios, substâncias transportadas pelo sistema circulatório por todo o corpo

Hormônios: Moléculas de natureza proteica e lipídica que atuam em pequena concentração, ligando-se a receptores específicos situados na membrana das células-alvo.

→Agem sobre outras células, modificando seu funcionamento.

Glândulas endócrinas: secretam e sintetizam hormônios.

→Eliminam suas secreções diretamente no sangue.

→Sua atividade é regulada por estímulos nervosos ou endócrinos.

→A regulação hormonal é mais lenta que a regulação nervosa, porém mais ampla e duradoura.

Hipófise

• Regula o funcionamento de várias outras glândulas.

• Dividida em duas regiões:

Adeno-hipófise: Produz e libera vários hormônios, sendo composta de tecido epitelial regular. Os principais são:

Adrenocorticotrófico (ACTH): estimula a secreção de hormônios por glândulas supra-renais, as regulando.

Tireoideotrófico (TSH): Estimula a secreção de hormônios pela tireóide, a regulando.

Foliculestimulante (FSH): Estimula a maturação dos folículos ovarianos e espermatogênese.

Luteinizante (LH): Estimula a ovulação e formação do corpo lúteo; estimula as células intersticiais do testículo a produzir testosterona.

Prolactina: estimula ovários a secretar progesterona, e glândulas mamárias a produzir leite.

Somatotrofina (GH): Hormônio do crescimento; Seu excesso é gigantismo e sua falta é nanismo.

Neuro-hipófise: Armazena e secreta hormônios produzidos pelo hipotálamo, sendo composta de tecido nervoso.

Ocitocina: estimula a contração do útero (parto) e das glândulas mamárias (amamentação)

ADH: ação antidiurética, regula a retenção de água pelos rins, tornando a urina mais concentrada; Sua falta gera diabetes insípida.

Hipotálamo

• Controla o sistema nervoso autônomo.

• Regula temperatura corporal, comportamento emocional, sono, vigília, diurese, ingestão de comida e água, sistema endócrino, ritmos circadianos.

• Promove a liberação de adrenalina por glândulas suprarrenais.

• Regula o funcionamento da hipófise.

Tireoide

• Estimulam a replicação de mitocôndrias, aumentando a oxidação de compostos orgânicos e a geração de ATP e produção de calor pelas células apaga, consequentemente, o metabolismo será mais rápido.

• Essencial para o crescimento e desenvolvimento de vertebrados, aumentando a taxa metabólica dos tecidos corporais.

Principais hormônios:

Tri-iodotironina (T3): Forma mais ativa do hormônio. Estimula e mantém processos metabólicos.

Tiroxina (T4): Estimula e mantém processos metabólicos.

Calcitonina: Estimula a deposição de cálcio nos ossos, reduzindo a concentração de cálcio no sangue.

Disfunções causados pela tireoide:

Hipotireoidismo: Ausência, ou baixa produção de hormônios tireoidianos. Em adultos, leva a sonolência, baixa disposição física e mental, pele fria e seca, sensação de frio, fala arrastada, obesidade, inchaço e diminuição da pressão arterial e frequência cardíaca. Em crianças e recém-nascidos, pode desenvolver retardo mental, surdez e deficiência no crescimento.

Hipertireoidismo: A produção excessiva de tireoide. Sintomas são: agitação, instabilidade emocional, emagrecimento, pele quente e úmida, sensação de calor, aumento da pressão arterial e frequência cardíaca.

Paratireoides

• Secretam o paratormônio, responsável pela regulação da calcemia (nível de concentração de cálcio no sangue e fluidos intersticiais).

• Quando a concentração de cálcio no sangue está abaixo, secretam o paratormônio, que então remove o cálcio dos ossos, o intestino aumenta sua eficiência em extrair causa dos alimentos e os rins aumentam sua absorção. Como consequência, o cálcio no sangue aumenta, estimulando a tireóide a secretar a calcitonina.

Pâncreas

• Funciona como glândula exócrina e endócrina.

Parte exócrina: produz o suco pancreático, rico em enzimas digestivas que atuam no duodeno.

Parte endócrina: Formado por aglomerados de células, as ilhotas pancreáticas, que apresentam a célula-Alfa (secreta glucagon: aumenta o nível de glicose no sangue. Estimula a transformação de glicogênio para glicose no fígado) e células-Beta (produz insulina: facilita absorção de glicose pelos músculos esqueléticos, pelo fígado e pelas células do tecido gorduroso, levando a diminuição da glicose no sangue. As células musculares e do fígado promovem a transformação de glicose para glicogênio).

Glicose: Usada imediatamente como combustível para obtenção de energia ou é armazenada na forma de glicogênio. Glicemia é a sua concentração no sangue, controlada pela insulina e glucagon.

→Quando comemos, a concentração de glicose no nosso sangue aumenta, incentivando as células-Beta a secretarem insulina, absorvendo a glicose, levando a diminuição da glicemia.

→Quando nossa glicemia está baixa, as células-alfa usam as células do fígado para produzir glicose e passam para o sangue, aumentando a glicemia.

• Disfunções:

Diabetes melito: Eleva a taxa de glicose do sangue, a eliminando pela urina, com pouca reabsorção de água pelos rins. Pode ser de tipo I (Diminuição acentuada de célula-beta. Antes dos 40 anos) ou tipo II (Desenvolve-se após os 40 anos. A pessoa tem níveis normais de insulina no sangue mas, sofre redução do número de receptores de insulina nas membranas de sua célula, diminuindo a capacidade de absorção de glicose do sangue).

Suprarrenais

Composta por duas regiões:

Medula (interna): Secreta hormônios relacionados ao estresse físico ou emocional. Prepara o organismo para situações de ameaça, como a reação à luta ou fuga.

Adrenalina: O hormônio de emergência; em casos de estresse, aumenta frequência cardíaca, pressão arterial, ritmo respiratório, dilata a pupila e transpiração. Estimula a quebra de glicogênio em açúcar, aumentando a glicemia.

Nodrenalina: Mantém a pressão sanguínea em níveis normais. Também produzida pelo sistema nervoso.

Córtex (externa): Secreta glicocorticoides e mineralocorticoides.

Cortisol: Quebra proteínas e lipídios em glicose e diminui a sua absorção pelas células. Assim, mais glicose fica no organismo em caso de estresse.

Aldosterona/mineralocorticóides: Auxilia na reabsorção de íons de sódio pelo rim, elevando a pressão arterial e retendo água.

Androgênios: relacionados com as características sexuais secundárias masculinas, como a testosterona; tem efeito anabolizante e masculinizante, que incluem o surgimento de pelos, o espessamento de pregas vocais, o desenvolvimento muscular, etc.

Testículos e Ovários

• Atuam como gônadas e glândulas endócrinas, produzindo gametas e hormônios sexuais.

• A produção dos hormônios sexuais começa na puberdade, pelo estímulo do FSH e LH, secretados pela hipófise.

• Nos homens, os testículos estão situados na bolsa escrotal e secretam hormônios andrógenos, dos quais o mais importante é a testosterona, que induz o desenvolvimento dos órgãos genitais e das características sexuais secundárias masculinas.

• Nas mulheres, os ovários estão localizados ao lado do útero e secretam hormônios sexuais femininos: estrógeno (induz o desenvolvimento dos órgãos genitais e das características sexuais femininas) e progesterona (age no útero especialmente durante a gestação, promovendo o desenvolvimento do endométrio).


Sistema Imunitário

• Responsável pelo reconhecimento de partículas estranhas ao organismo, desencadeando respostas de defesa contra qualquer tipo de antígeno.

• Células envolvidas são os leucócitos, divididas em:

Neutrófilos: destroem patógenos e realizam a diapedese (penetram o epitélio capilar e fagocitam o patógeno).

Macrofágos: destroem os patógenos os fagocitando. Realizam diapedese.

Linfócitos: menor tipo de leucócito, podendo ser:

- Linfócitos B: produzem anticorpos.

- Linfócitos T auxiliares: estimulam a produção de linfócitos.

- Linfócitos T exterminadores: eliminam células parasitadas por vírus.

- Dendríticas: auxiliam linfócitos auxiliares a identificar qual patógeno está agindo e a melhor forma de destruí-lo.

• Atuação de leucócitos:

Fagocitose do patógeno: neutrófilos e macrofagos englobam os patógenos.

Destruição da célula infectada: linfócitos T exterminadores atuam na destruição de células parasitadas por vírus, evitando a multiplicação destes.

Neutralização de Anticorpos: linfócitos B neutralizam toxinas produzidas por bactérias invasoras pelos anticorpos, e também desta forma, sinalizam a necessidade de atuação dos macrofagos.

Memória Imunitária é relacionada a capacidade

do sistema imunitário de reconhecer antígenos que já estavam presentes no organismo, desencadeando a produção rápida de anticorpos específicos.

• Vacina desencadeia imunização ativa pois o antígeno (enfraquecido ou morto) é inserido no organismo, ativando a produção de anticorpos e, consequentemente a memória imunitária. Na 2ª vez que o vírus entra no corpo, você já possui antígenos, então a produção de anticorpos é maior e mais rápida.

• Soros introduzem anticorpos prontos para combater toxinas de forma rápida. O organismo não produz anticorpos, nem memória imunitária. ex: contra veneno.

Tabela de Tipos de Imunização

Fonte: CERICATO, Lauri. et al. Revisão Anual de Biologia - Módulo 3. São Paulo, SP: Editora FTD, 2018.



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