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Biologia: Plantas

Plantas

• Eucariontes, multicelulares, autótrofos sintetizantes (cloroplasto).

• Possuem embrião e este se desenvolve às custas do organismo materno.

• Possuem parede celular de celulose.

• Reserva energética em forma de amido.

• Tecidos verdadeiros.

• Fecundação interna.

• Plantas evoluíram de algas semelhantes às algas verdes atuais.

• Celulose, clorofila a e b nos cloroplastos indicam parentesco com algas.

• Epiderme e cutícula, que evitam perda de água.

• 2 ciclos de vida: esporófito e gametófito.

• Embrião se desenvolve protegido no corpo do gametófito feminimo.

• Vasos condutores/órgãos verdadeiras/fase dominante é esporófito.

• Semente e grão de pólen (gimnosperma e angiosperma; ou espermatófitas).

• Não possuem sementes (briófitas e pteridófitas).

• Flores e frutos (angiosperma).

Vantagens Evolutivas:

→Fecundação e desenvolvimento interno deram proteção.

→Os vasos condutores permitiram o maior tamanho nas plantas.

→O pólen a flor e o fruto aumentam a chance de dispersão.

→A semente protege, nutre e também auxilia na dispersão do embrião.


Tipos de Plantas

Briófitas

→Primeira plantas no ambiente terrestre.​

→Avasculares (sem vasos condutores).

→Dependem da água p/ fecundação.

→Pequenas e delicadas (5 cm).

→Não possuem caule, folha nem raiz.

→Geralmente vivem em ambientes com umidade e sombra.

→Fase dominante é o gametófito haplóide, com esporos haploides (n).

→O corpo da briófita é chamado de talo.​

Ciclo haplodiplobiôntico (Foto: Reprodução/Colégio Qi)

Pteridófitas (samambaia)

→primeiras plantas vasculares (grupo mais antigo).​

→Sem sementes.

→Ambientes úmidos e com sombra.​

→Muitas são epífitas (vivem sobre outras plantas).​

→Fase predominante na reprodução: esporófito.​

→Vasos condutores: xilema (transporta água e sais minerais, da raiz até as folhas) e floema (Transporta solução açucarada e outros compostos orgânicos das folhas para o resto da planta) permitiram que pteridófitas crescessem mais que briofitas.

Organização corporal:

- Raíz – fixa a planta e absorve água e nutrientes.​

- Caule – cresce geralmente em sentido oposto das raízes.​

- Folhas – células ricas em cloroplastos (fotossíntese); fase dominante é esporófito diplóide; ​gametófito pouco desenvolvido.

Reprodução:

- Assexuada: brotamento (nascem pequenos brotos que podem se desprender da planta originando um novo indivíduo).

- Sexuada: gametófito e esporófito.

Importância:

- Decoração.

- Fins medicinais.

- Alimentação (brotos).

- Podem se associar a cianobactérias que fixam nitrogênio.

Esquema do ciclo reprodutivo das Pteridófitas (Foto: Reprodução/Descomplica)

Gimnospermas (pinheiro, sequoia):

→1º grupo com sementes (óvulo fecundado). ​

→sementes nas gimnospermas são nuas, ou seja, não está protegida no interior do fruto.​ Sementes contém o embrião.

→Nesse grupo surgiu o grão de pólen, estrutura que contém o gametófito masculino imaturo.​

→Não dependem da água para a reprodução.​

→Comuns em ambientes frios.

→Vasos condutores de seiva, com caule, folha, raiz...

Semente: óvulo fecundado e maduro que contém o embrião em seu interior.

Pólen: gameta masculino (com grãos de pólen) pode ser levado pelo vento até encontrar plantas distantes, aumentando a variabilidade genética no grupo.​ Ao encontrar o óvulo, o grão de pólen forma uma projeção chamada de tubo polínico, por onde o gameta masculino alcança a oosfera sem o auxílio da água.​

Estrutura reprodutiva:

- Os estróbilos são formados por folhas férteis e não fotossintetizantes que se agrupam, formando uma estrutura. Podem ser masculinos ou femininos.

- Os estróbilos masculinos (microstróbilos) são pequenos e em seu interior são produzidos os esporos masculinos (micrósporos)através dos microsporângios. Os estróbilos femininos, (megastróbilos) são maiores e conhecidos popularmente como pinhas. Eles produzem os esporos femininos (megásporos), através dos megasporângios.

Importância:

- Plantas para decoração.

- Lenha, papel, móveis, instrumentos musicais.

- Alimentação (pinhão).

- Óleos e resinas para remédios e perfumes.

Angiospermas:

→Possuem pólen, semente e vasos condutores.

→Flores (polinização) e frutos (dispersão de sementes).

→Angiospermas divididas em:

- Monocotiledôneas: Flores com 3 pétalas; Folhas com nervuras paralelas.

- Dicotiledôneas: Flores com 5 pétalas; Folhas com nervuras ramificadas.

Ciclo Angiosperma (Foto: Reprodução/EducaBras)

Frutos

• Ovário maduro da flor (se desenvolvem do ovário da flor, após a fecundação).

• Dispersão de sementes, que estão no seu interior.

• Semente contém o embrião e endosperma.

- Semente em estado de dormência.

- Carnosos: drupa (apenas 1 semente. ex: azeitona, ameixa, pêssego) ou baga (grande nº de sementes. ex: tomate, mamão e laranja).

- Secos: deiscentes (quando maduros, abrem e liberam sementes. ex: feijão e ervilha) ou indeiscentes (nao abrem para liberar sementes. A liberação ocorre por animais ou após o pericarpo sofrer decomposição. ex: arroz).

- Partenocárpicos: desenvolvem sem fecundação; não tem sementes. ex: banana.

→Pseudofruto: são os falsos frutos, pois se originam de outras partes da flor, que não é o ovário. Ex: pêra e caju.

- ex: maçã, pois a parte carnosa vem do receptáculo floral.

- ex: morango. os frutos verdadeiros sao os pontinhos em sua volta.

Raiz

• Anatomia da Raiz

Fixação, absorção e armazenamento de substâncias.

Zona meristemática: ocorrem intensas divisões celulares.

Coifa: Protege a zona de multiplicação.

Zona de alongamento: células formadas aumentam de volume.

Zona pilífera: células estão diferenciadas. Ocorre também a formação de pelos absorventes.

Zonas de ramificação: epiderme está instalada e ocorre a formação de raízes laterais, para melhorar a fixação da planta.

→Revestida pela epiderme, com a endoderme sendo a camada mais interna.

→Xilema e Floema são os vasos condutores, envolvidos pelo periciclo.

Tipos de Raiz

Raízes Subterrâneas:

-Pivotantes: típicos de dicotiledôneas, possuem raiz principal.

-Fasciculadas: típicas de monocotiledôneas, não possuem raiz principal.

-Tuberosas: dilatadas em função do acúmulo de reserva energética, como o amido. ex: mandioca, beterraba, cenoura.

Raízes Aéreas:

-Sugadoras: em plantas parasitas.

-Tubulares: em grandes árvores; auxiliam na sustentação.

-Respiratórias: em plantas de manguezais (pois o solo é pobre em O2).

-Estranguladoras: em algumas plantas epífitas.

Raízes Aquáticas: ficam submersas; fazem absorção de água e nutrientes. São ricas em aerênquima (auxilia na flutuação).

Caule

• Formados por nós (saem folhas e ramos) e entrenós (região entre 2 nós).

• Revestido pela epiderme.

• Vasos condutores: xilema e floema.

• Xilema secundário: madeira.

Caules aéreos:

Troncos: eretos e resistentes. ex: árvores.

Estipes: eretos, longos e geralmente sem ramificações. ex: palmeira.

Colmos: eretos, resistentes e geralmente não ramificados. Nós e entrenós bem definidos. ex: bambu.

Hastes: eretos, de pequeno porte clorofilados e flexíveis.

Rastejantes: não são eretos, pouco resistentes, finos e longos. ex: aboboreira.

Trepadores: crescem em comprimento e pouco em espessura, podendo se enrolar em espiral para fixação.

Cladódios: fotossintetizantes; nós com ramos, folhas (modificadas em espinhos, muitas vezes, para evitar perda de água) e flores. ex: cactos.

Caules subterrâneos: se desenvolvem abaixo da superfície do solo.

Rizomas: se desenvolvem horizontalmente sob o solo. ex: bananeira.

Tubérculo: possuem reserva energética na porção termina. ex: batata.

Bulbos: caules envolvidos por catafilos (folhas modificadas), que acumulam substâncias nutritivas. ex: cebola.

Caules aquáticos: pouco desenvolvidos; clorofilados; possuem aerífero (favorece flutuação e trocas gasosas).

Folha

• Apresentam aspecto laminar (achatadas).

• Geralmente verdes, devido a clorofila.

• A principal função é a fotossíntese, mas também fazem respiração celular e transpiração (trocas gasosas).

Partes da Folha:

→Limbo: maior porção da folha.

→Pecíolo: sustenta o limbo.

→Bainha: é uma expansão dilatada na base da folha.

→Estípulas: 2 projeções próximas a inserção das folhas.

→Nervuras: ramificações dos vasos condutores da seiva.

Anatomia:

→Revestidas pela epiderme.

→Estômatos na face inferior da folha. Estômatos realizam as trocas gasosas entre a planta e o meio.

→Parênquima clorofiliano:

- Paliçádico: na face superior, onde recebe mais luz, favorecendo a fotossíntese.

- Lacunoso: na face inferior, favorecendo a troca gasosa.

Adaptação da Folha:

Plantas carnívoras: folhas modificadas com a função de capturar animais para complementar sua nutrição. Podem fazer fotossíntese.

Espinhos: folhas modificadas que atuam na defesa da planta.

Gavinhas: folhas modificadas que atuam na adesão das plantas trepadeiras.

Brácteas: folhas coloridas próximas de algumas flores; atraem polinizadores.

Células e Tecidos Vegetais

• Após a fecundação, o zigoto sofre diversas divisões, originando o embrião (conjunto de células indiferenciadas).

• Embrião → Plântula → Tecidos vegetais variados.

• Diferenciação é influenciada pela temperatura, quantidade de luz, hormônios, minerais e taxa fotossintetizante.

Tecidos meristemáticos (embrionários):

→Composto de células indiferenciadas.

→Formam todos os tecidos da planta.

→2 tipos:

-Primário: responsável pelo aumento longitudinal (altura) da planta.

-Secundário: formado quando a planta é adulta, responsável pelo aumento de espessura da planta.

Tecido permanente (especializados): revestimento, fundamental e vascular.

Sistema de Revestimento:

- Cobrem todo o corpo, protegendo contra patógenos e desidratação.

- Epiderme: possui apenas 1 camada de células, justapostas e sem clorofila; possui 1 camada de cera para evitar desidratação (cutícula).

-Periderme: camada de células mortas e impermeáveis; normal em raízes e caules de plantas adultas.

Sistema Fundamental:

-Preenchimento: pelo parênquima clorofiliano (células estão bem unidas e cheias de cloroplastos).

-Armazenamento: pelo parênquima de armazenamento.

-Sustentação: pela colênquima (formada por células vivas com paredes espessas, tecido firme e bastante elástico) e esclerênquima (células isoladas ou associadas a vasos condutores; pouco flexível e muito resistente).

Sistema Vascular:

-Formado pelo xilema (transporte de seiva bruta das raízes até as folhas. Suas células são muito resistentes) e floema (transporte de matéria orgânica {seiva elaborada ou orgânica} das folhas para o resto da planta).

Fisiologia Vegetal

Nutrição vegetal: raiz absorve água e sais.

→Macronutrientes: a quantidade requerida é alta: fósforo, potássio, nitrogênio, cálcio, magnésio e enxofre.

→Micronutrientes: a quantidade requerida é baixa: cloro, ferro, boro, manganês, zinco e sódio.

Absorção: água e sais absorvidos pela raiz atingem o cilindro vascular de 2 maneiras:

→Via apoplásticas: através de espaços externos as membranas celulares.

→Via simplástica: pelo interior das células.

Condução da Seiva: condução da seiva da raiz às folhas é possível pela capilaridade (resulta da adesão entre as moléculas de água com a parede do xilema, que eleva a coluna de água. A coluna não rompe pela forte coesão entre as moléculas de água).

Teoria da tensão-coesão: a perda de água pelos estômatos gera grande tensão na coluna de água no interior dos xilemas, puxando a água pra cima. Isso ocorre pois a evapotranspiração torna as células mais concentradas, o que força a saída de água do xilema devido ao diferencial de pressão osmótico. A coesão entre as moléculas evita que a coluna se rompa, mantendo-a contínua, o que faz subir a coluna de seiva mineral no interior do xilema.

Transpiração: a principal perda de água ocorre pela abertura dos estômatos.

→Causas da abertura dos estômatos (planta busca perder água): muita luz; pouco CO2; muita água.

→Causas do fechamento dos estômatos (planta busca armazenar água): pouca luz; muito CO2; pouca água.

Condução da Seiva Orgânica: transporte da seiva orgânica produzida na folha por toda a planta pelo floema.

Teoria do fluxo de massa: compostos orgânicos sintetizados na folha são bombeados para as células do floema, tornando-as mais concentradas, provocando a perda de água nas células vizinhas que compõem o xilema. A variação de concentração cria um gradiente de pressão somático, e o fluxo de água que ocorre em consequência leva os nutrientes até as regiões com menor concentração na planta.

Fotossíntese

Ponto de compensação fótico: determinada intensidade luminosa que mantém a equivalência entre as taxas fotossintéticas e de respiração celular.

planta no ponto de compensação: não ocorre crescimento vegetal.

planta acima do ponto de compensação: ocorre crescimento vegetal.

planta abaixo do ponto de compensação: utiliza suas reservas energéticas.

Fixação do Carbono:

Fase Clara: depende diretamente da luz.

- Clorofila e pigmentos absorvem a luz e liberam elétrons nos cloroplastos.

-Elétrons são recolhidos por moléculas que resultaram em ATP e em NADPH.

-Água é quebrada, liberando O2, elétrons e prótons (H+).

Fase Escura: não depende diretamente da luz.

-ATP e NADPH, sintetizadas na fase clara, são utilizadas na síntese de glicose.

-Conjunto de reações cíclicas (ciclo de Calvin) promove a fixação do carbono, proveniente do CO2, em moléculas de glicose no estroma dos cloroplastos.

Hormônios vegetais:

Auxinas:

-Sintetizada no ápice caulinar, nas sementes e nas folhas jovens.​

-Estimular o alongamento das células meristemáticas, o que promove o crescimento da planta (tem limite).​

-Estimula o desenvolvimento dos frutos e das raízes.​

-Inibe o desenvolvimento de ramos.​

-Mantém as folhas presas ao caule.

-Dominância apical.

Citocininas:

-Sintetizado no ápice radicular, sementes em germinação, folhas e frutos jovens.​

-Estimula a divisão celular e consequentemente o crescimento da planta.​

-Estimula o desenvolvimento dos ramos.​

-Retarda o envelhecimento.​

Giberelinas:

-Sintetizado no Meristemas e sementes.​

-Estimula o crescimento por alongamento celular ou divisão celular.​

-Estimula o desenvolvimento de frutos.​

-Estimula a germinação da semente.​

Ácido Abscísico (ABA):

-Sintetizado no ápice radicular, caule e folhas.​

-Inibidor de crescimento.​

-Provoca a dormência de gemas e sementes.​

Etileno:

-Sintetizado nos tecidos maduros da planta.

-Amadurecimento dos frutos.​

-Abscisão (queda) de folhas, flores e frutos.

Movimentos das Plantas:

Tropismos:

-Fototropismo positivo: crescimento das folhas e caule em direção à luz. Estimulado pela produção de auxina.​

-Fototropismo negativo: crescimento das raízes para o lado oposto da fonte luminosa, causado também pela produção de auxinas.​

-Geotropismo positivo: a raiz cresce em direção a força gravitacional.​

-Geotropismo negativo: o caule possui crescimento em direção contrária a força da gravidade.​

Nastismos:

-Nictinastismo (ou fechamento noturno): folhas fecham durante a noite e abrem durante o dia. Ou apenas se movem para baixo (a noite) e para a cima (no dia).​

-Tigmonastismo: são movimentos estimulados pelo toque, como exemplo: a planta dormideira, que fecha rapidamente suas folhas ao serem tocadas. Isso ocorre também com plantas carnívoras.​

-Fotonastismo: estimulado pela luz, abertura e fechamento das pétalas (dama-da-noite)​.

Interferência da Luz no desenvolvimento vegetal:

Fotoblastia: influência da luz na germinação. Sementes podem ser fotoblásticas positivas (germinam com luz) ou fotoblásticas negativas (germinam sem luz).​

Fotoperiodismo: floração depende da duração de períodos de luz e escuridão.

-Plantas de dia longo: florescem quando a noite é curta e o dia é longo.​

-Plantas de dia curto: florescem quando a noite é longa e o dia é curto.


Fonte: CERICATO, Lauri. et al. Revisão Anual de Biologia - Módulo 2. São Paulo, SP: Editora FTD, 2018.



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