• São 3 biociclos: limnociclo (água doce), talassociclo (ambiente marinho) e epinociclo (ambiente terrestre).
Ambientes Aquáticos
• Organismos:
→Plâncton: Organismos microscópios - fitoplâncton (cianobactérias e algas) e zooplâncton (microcrustáceos, protozoários, larvas).
→Nécton: organismos que se movem ativamente (peixes, baleias, lulas...).
→Bentos: organismos associados ao substrato (esponjas, algas, corais, polvos, caranguejos...).
• Limnociclo: água doce.
→Lóticos: água corrente (rios).
- mais frio e oxigenado na fonte.
→Lênticos: água parada (lagos).
- zona litorânea: zona de transição (ecótono).
- limnética (pelágica): longe da margem, porém iluminada.
- zona profunda: está abaixo da zona limnética e não existem organismos fotossintetizantes.
- zona bentônica: que é o substrato (solo) do fundo desse ambiente.
• Talassociclo: água salgada.
→Divisão pela intensidade luminosa:
- Zona fótica: onde chega a luz; até 200 m.
- Zona afótica: a luz não chega.
*zona batial: até 2000 m.
*zona abissal: até 6000 m.
*zona hadal: de maior profundidade.
→Divisão pela proximidade à costa:
- Zona litorânea.
- Zona nerítica: até o fim da plataforma continental.
- Zona oceânica: profundidade aumenta rapidamente.
Ambientes Terrestres (Epinociclo)
• Mais sujeitos a influência dos fatores climáticos.
• Divididos em biomas (mundiais e brasileiros).
Biomas Mundiais
• Tundra:
→Fica no extremo norte da Terra.
→Pouca chuva (clima seco) e muito frio.
→Maior parte do tempo a temperatura é abaixo de 0°.
→No inverno: longas noites. No verão: longos dias.
→O solo fica na maior parte do tempo congelado (permafrost). Isso dificulta a penetração da água.
→Vegetação dominante: liquens, musgos, herbáceas.
→Os animais são adaptados ao frio, alguns hibernam durante o inverno.
• Taiga:
→Também conhecido por floresta boreal (ou de coníferas).
→Estão em altas latitudes (Alasca, Canadá, Rússia).
→A precipitação é moderada.
→Temperatura baixa ao longo do ano.
→O inverno é longo, frio e seco. O verão é mais úmido que o inverno.
→Solo com pouca profundidade e pobre em nutrientes (algumas camadas de solo estão sempre congeladas).
→A vegetação é semelhante: coníferas na maioria (pinheiro, cipreste).
→Os animais aqui presentes são adaptados ao frio.
• Floresta Temperada
→Temperatura moderada.
→Precipitação regular.
→Solo congelado no inverno.
→Vegetação: árvores de grande e pequeno porte.
→Quatro estações bem definidas.
→Árvores decíduas (folhas caem em estações frias).
• Campo, pradaria ou estepe
→Temperatura varia muito entre o inverno frio e o verão quente.
→Precipitação baixa.
→Vegetação predominantemente formada por gramíneas e plantas herbáceas, com raízes profundas.
→Solo muito fértil (ótimo para agricultura e pastoreio).
• Floresta Tropical
→Próximo a linha do equador.
→Muita chuva.
→Altas temperaturas (média acima de 18°c).
→Solo infértil. Nutrientes são mantidos devido à queda constante de folhas e outros materiais orgânicos.
→Onde existe a maior diversidade terrestre.
→Árvores altas, folhas largas e verdes. Floresta muito “fechada”.
• Savanas
→No Brasil é chamado de cerrado.
→Duas estações bem definidas.
→Na estação de seca pode ocorrer incêndios naturais.
→Solo poroso, isso favorece a drenagem rápida.
→Solo é ácido, nutrientes em uma camada fina.
→Nas savanas, as plantas arbóreas possuem casca grossa, são resistentes ao fogo e as folhas são coriáceas (isso diminui a taxa de transpiração).
→Espécies vegetais de pequeno porte com raízes profundas, com troncos retorcidos.
• Desertos
→Precipitação muito baixa.
→Solo arenoso.
→Vegetação esparsa e adaptadas a falta de água (xerófitas): raízes amplas, folhas coriáceas ou transformadas em espinhos, tecidos que armazenam água, e cutícula espessa.
→Muitos animais que vivem nesse ambiente possuem hábitos noturnos e vivem escondidos em cavernas ou fissuras em rocha e solo.
Biomas Brasileiros
• Amazônia
→40% do território nacional.
→Chove muito, umidade elevada.
→Temperatura alta o ano inteiro.
→Solo argiloso e arenoso, pouco fértil (serapilheira).
→Seus rios carregam grande quantidade de sedimentos.
→A floresta é estratificada, ou seja, muitas camadas: árvores altas, médias e baixas.
→Grande quantidade de nichos, temperatura elevada todo o ano e grande disponibilidade de água (biodiversidade).
→Existem três regiões básicas:
- Matas de terra firme: não sofrem inundações regulares.
- Matas de igapó: constantemente inundadas, independentemente da época do ano.
- Matas de várzea: Intermediário entre as duas matas.
→Como a Amazônia é em ambiente úmido, normalmente não queima de modo natural. Os animais da floresta, sem adaptação natural para lidar com incêndios, são muito sensíveis a eles.
• Mata Atlântica
→Se estende por grande parte do litoral brasileiro.
→Grande umidade devido aos ventos marinhos.
→Temperatura é variável (longa faixa latitudinal).
→Solo granítico, pobre em nutrientes.
→Relevo montanhoso – grande incidência luminosa.
→Muitas espécies de plantas, incluindo epífitas.
→É o bioma brasileiro mais ameaçado. O problema se dá pelo desmatamento e fragmentação de habitat (muitas cidades crescem nesse bioma).
• Mata Araucária
→É considerada parte da Mata Atlântica.
→Ocorre nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
→Clima subtropical, com invernos frios (pode gear) e verões quentes.
→Principal característica: presença de araucária, uma conífera de tronco reto e galhos voltados para cima. Essas árvores possuem casca grossa.
→Sofre grande impacto ambiental, estima-se que restam menos de 2% de sua cobertura original.
• Cerrado
→É o bioma brasileiro equivalente a savana africana.
→Ocupa aproximadamente 23% do Brasil.
→Solo contém metais como o alumínio e ferro, o que dá a coloração avermelhada.
→PH do solo é acido, possui baixas concentrações de matéria orgânica.
→Nas maiores altitudes desse bioma prevalecem plantas baixas, formando os chamados: campo sujo, rupestre e limpo.
→Caracterizado pelas árvores de troncos retorcidos e distantes umas das outras.
→A vegetação é predominantemente perene (vida longa), possuem órgãos subterrâneos – caules ou raízes (adaptação contra queimadas e secas).
→Na época de seca, muitas espécies morrem, gerando matéria orgânica seca, após a chuva as plantas voltam a ficar abundantes (muitas espécies sobrevivem às queimadas).
• Caatinga
→Possui solo raso e pedregoso, rico em minerais, porém pobre em matéria orgânica.
→Possui secas prolongadas.
→A vegetação é formada por árvores baixas, arbustos, cactos, bromélias e outras plantas xerófitas (adaptações contra secas prolongadas): tecidos que armazenam água, raízes superficiais para captar rapidamente a água da chuva e raízes profundas para alcançar os lençóis freáticos. As folhas possui cutícula espessa ou transformadas em espinhos, evitando assim a perda de água.
→As folhas caem nos períodos de seca (outra adaptação).
→A maior parte dos animais possui hábitos noturnos.
→A população que vive nesse bioma sofre muito com falta de água.
• Pampas
→Chamado também de campos sulinos, está concentrado no Rio Grande do Sul.
→Invernos frios e verões quentes.
→Temperatura pode ficar abaixo de 0°C.
→Vegetação predominante: gramíneas e herbáceas. Árvores ocorrem próximas a cursos de água.
→Solos férteis e profundos, muito explorado pela agropecuária e pastoreio.
• Pantanal
→É a maior planície alagável do mundo.
→80% da sua cobertura ficam inundadas nas épocas de chuvas.
→O verão é quente e úmido, o inverno frio e seco.
→O solo é arenoso.
→ É um importante refúgio para aves migratórias.
→É o bioma mais conservado do Brasil, ainda assim sofre muito com caça e tráfico de animais e desmatamento.
→Pescas predatórias são comuns, inclusive no período de piracema, quando os peixes sobem os rios para a desova.
→Uma região úmida como o pantanal dificilmente pega fogo naturalmente.
• Mata de Cocais
→É uma região de transição entre a Amazônia e a Caatinga.
→Vegetação característica formada por palmeiras como o babaçu, carnaúba e buriti. Importantes para a economia local.
• Manguezais
→ Ocorre no litoral, no encontro entre água doce e salgada.
→As plantas dos manguezais apresentam raízes que saem do solo para realizar trocas gasosas (pneumatóforos ou raízes respiratórias) e gerar sustentação. Além dos risóforos, caules que crescem em direção ao solo e ajudam na sustentação.
Impactos Ambientais
• Os impactos ambientais gerados pela humanidade afetam diversos ecossistemas, acelerando a extinção de espécies e ameaçando o equilíbrio da natureza.
• Extinção de espécies: é algo normal, mas o ser humano vem acelerando esse processo de forma não natural, dificultando o restabelecimento do equilíbrio ambiental.
• Perda de Habitat: espécies perdem sua moradia, e acabam competindo com outras por moradia. Dessa forma, podem entrar em processo de extinção.
→A fragmentação de habitat expõe as espécies que são adaptadas ao interior da mata. Isso pode acelerar a extinção.
• Áreas de Conservação: regiões protegidas por leis que impedem as ações antrópicas em determinados locais, com o intuito de conservar espécies vulneráveis.
→Espaços geralmente formados por áreas contínuas, institucionalizados com o objetivo de preservar e conservar a flora, a fauna, os recursos hídricos, as características geológicas, culturais, as belezas naturais, recuperar ecossistemas degradados, promover o desenvolvimento sustentável, entre outros fatores que contribuem para a preservação ambiental.
• Introdução de espécies exóticas: Essas espécies não evoluíram no ecossistema em que foram introduzidas, podendo assim competir diretamente com as espécies nativas do ecossistema.
→ex: mexilhão dourado introduzido no Brasil pelo lastro de embarcações e hoje causa grande prejuízo como o entupimento de tubulações.
• Poluição:
→A poluição atmosférica se dá principalmente pela queima de combustíveis fósseis.
→Frequentes incêndios da vegetação também são um problema.
→O monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2) e óxido de nitrogênio (NO ou NO2) estão entre os principais poluentes do ar.
• Buraco na camada de ozônio: Alguns poluentes causam o “buraco” na camada de ozônio, principalmente os CFCs (clorofluorcarbonetos; gases usados em refrigerantes e propulsores de aerossóis).
→Em 1987, a partir do Protocolo de Montreal, foi feito um acordo para substituir os CFCs por uma alternativa ecologicamente adequada.
• Chuva Ácida: Quando existe grande concentração de óxidos de carbono, nitrogênio e enxofre na atmosfera.
→Causa prejuízos pela corrosão de edificações, estátuas e outras estruturas revestidas de calcário ou mármore, e pela morte de animais suscetíveis, como plânctons, peixes ou plantações.
• Inversão térmica: no fluxo normal, o ar quente tende a subir e levar a poluição junto. Mas o ar quente pode ficar acumulado em uma região mais alta, aprisionando o ar frio que está abaixo dessa faixa. Consequentemente a poluição fica sobre as cidades e ocorre o aumento de doenças respiratórias.
→É um fenômeno natural, mais comum no inverno, porém é intensificado pelo lançamento de poluentes no ar.
• Smog: caracterizado pelo acumulo de poluentes que forma uma espécie de neblina.
• Ilhas de Calor: Ocorrem em grandes centros urbanos devido a grande capacidade de absorção de calor pelo solo das cidades (asfalto, por exemplo), gerando um acentuado aumento da temperatura nesses locais.
• Efeito Estufa: Quando os raios do sol chegam à terra, a camada de gases do efeito estufa serve como um isolando, retendo esses gases e aquecendo a superfície terrestre.
→É um fenômeno natural, mas as atividades humanas liberam gases do efeito estufa, intensificando essa camada, como se a “engrossassem”, a fazendo reter mais raios do sol, ou seja, mais calor, aquecendo mais o planeta, levando ao Aquecimento Global.
• Aquecimento Global: Fenômeno causado pela elevação do efeito estufa.
→O aumento médio de 1°C no mundo pode não parecer muito, mas muitas espécies suscetíveis podem desaparecer, causando uma grande reação em cadeia.
→Gases estufas como CO2, CH4, N2O, CFCs e H2O atuam no efeito estufa.
• Poluição da Água e do Solo: Por descarte de produtos tóxicos; resíduos de lixões (chorume); descarte de esgoto.
• Bioacumulação: Espécies acabam acumulando metais pesados ou fertilizantes em seu corpo, esses compostos não são metabolizados e ficam acumulados, sendo passado ao longo da cadeia alimentar, como resultado, os organismos de topo de cadeia acumulam mais metais e podem morrer.
• Eutrofização: Acúmulo de matéria orgânica, geralmente proveniente de esgotos, ocorre a procriação acelerada de fitoplânctons e algas (água esverdeada).
→A película impede a passagem de luz, causando a morte de algas fotossintetizantes em camadas mais profundas.
→Compromete a liberação de gás oxigênio provocando a morte dos animais, como os peixes.
→A grande quantidade de organismos mortos e a falta de gás oxigênio favorecem a proliferação de bactérias anaeróbias, que fazem a decomposição e liberam gás metano.
• Destino do Lixo Urbano: O lixo pode sofrer incineração, ir para lixões ou aterros sanitários. Caso os aterros sanitários não estiverem impermeabilizados ou o lixo for depositado em lixões, o processo de decomposição forma o chorume, um líquido que penetra e polui os lençóis freáticos.
→No lixão, os resíduos sólidos são depositados a céu aberto.
→no aterro é controlado, o solo recebe uma cobertura.
→no aterro sanitário, o solo é impermeabilizado.
→Coleta seletiva, reciclagem, compostagem, sacolas biodegradáveis e a diminuição do uso de plástico (ou outros poluentes) são maneiras de evitar o problema com o excesso de lixo nos centros urbanos.
Fontes de Obtenção de Energia
• Biocombustíveis: feitos a partir de plantas, como a cana-de-açúcar (renovável).
• Usinas Hidrelétricas: Gera energia a partir da água, que movimenta geradores de energia.
→Sua instalação causa grande impacto ambiental.
• Usinas termelétricas: queimam biomassa para a produção de energia.
→Contribui para a poluição atmosférica.
• Usinas nucleares: possuem grande risco de contaminação ambiental.
→Ocorre poluição térmica provocada na água usada para refrigeração.
• Energia eólica: converte energia cinética do vento em energia elétrica a partir da movimentação de grandes aerogeradores. Causam grande ruído, mas é uma ótima alternativa para evitar poluição.
• Energia solar: converte a luz solar em energia elétrica, precisando de boas condições de iluminação solar.
→Tem alto custo para a implantação, mas é uma excelente alternativa.
Fonte: CERICATO, Lauri. et al. Revisão Anual de Biologia - Módulo 4. São Paulo, SP: Editora FTD, 2018.
ความคิดเห็น